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Brasil x Camarões tem risco maior de manipulação

Gabriel

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O diretor de segurança da Fifa, Ralf Mutschke, classificou a partida entre Brasil e Camarões, na segunda-feira (23), no estádio Mané Garrincha, em Brasília, como de alto risco em relação à manipulação de resultados.

A preocupação é exclusiva a uma possível suscetibilidade camaronesa em aceitar ofertas de apostadores ilegais interessado na fraude e não envolve a CBF ou qualquer jogador brasileiro.

Até a publicação desta reportagem, Camarões ainda não havia se pronunciado.

Segundo o dirigente, a possibilidade de armação de placares nesta partida "é mais alta do que no jogo de abertura ou na final da Copa", ainda que não exista nenhum indício concreto de fraude.

"Há maior vulnerabilidade porque é o último jogo do grupo, e não tem validade para um time", disse o cartola.

Segundo Mutschke, são dois os motivos que acenderam o sinal de alerta da Fifa em relação à última apresentação brasileira na fase de grupos do Mundial.

O primeiro é que Camarões irá a campo já sem chances de classificação. Ou seja, não tem mais nada a perder na Copa.

O segundo é o fato de os jogadores africanos terem se rebelado contra a federação camaronesa antes do Mundial por indefinição na premiação que receberiam por participar do Mundial. Os camaroneses, capitaneados pelo atacante Samuel Eto'o, ameaçaram não viajar ao Brasil e chegaram até mesmo a atrasar o embarque ao país enquanto as negociações não se encerraram.

Ao contrário de Camarões, o Brasil tem no seu próximo confronto da Copa uma decisão. O time de Luiz Felipe Scolari corre risco de ser eliminado em caso de derrota.

Segundo Mutschke, a Fifa tem monitorado sites de aposta para perceber palpites suspeitos que indiquem alguma possível fraude nas partidas do Mundial.

Além disso, disponibilizou dois números de telefones para denúncias anônimas de tentativas de manipulação de resultados. Uma para o público geral e outra para jogadores e árbitros que possam ter recebido propostas de corrupção.

"Ainda não recebemos nenhuma informação sobre abordagem [tentativa de compra de atletas e juízes na Copa]."

A maior preocupação da Fifa não é nem com armações que definam se um time irá ganhar ou não uma partida, que são, segundo a entidade, menos incomuns. Mas sim com o placar final de um jogo ou autores dos gols, fraudes que são mais difíceis de serem detectadas.

O dirigente disse ainda que não foi constatado nenhum indício de armação de placares nos amistosos de pré-temporada da Copa, ao contrário do que aconteceu em 2010.

"Do dia 15 de maio a 11 de junho, monitoramos 89 partidas e não vimos atividades suspeitas. Já na África do Sul, podemos dizer que houve manipulação sim".

O escândalo foi divulgado pelo jornal norte-americano "New York Times", no fim de maio. Um relatório interno da Fifa mostrou que o amistoso entre África do Sul e Guatemala, em 31 de maio de 2010, teve o resultado manipulado pelo juiz Ibrahim Chaibou, de Níger, para interferir nas apostas.

Segundo o documento, no dia do jogo entre África do Sul e Guatemala, o juiz foi a um banco da cidade com uma quantia em dinheiro que poderia chegar a US$ 100 mil, em notas de US$ 100, com a finalidade de depositar o valor para sua mulher, em Níger.

Horas depois, Chaibou apitou a partida, na qual marcou três pênaltis duvidosos, dois a favor da África do Sul. O time anfitrião do Mundial venceu a partida por 5 a 0.

Informações da Folhapress

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