Sexta às Seis registra 81 inscrições de bandas

Para a temporada 2019 do projeto, serão selecionadas 20 bandas, avaliadas em diferentes estilos

Com 81 bandas inscritas para a temporada 2019 do projeto Sexta às Seis, a Fundação Municipal de Cultura começa o processo de seleção, em 15 de março, avaliando diferentes estilos musicais. Para este ano, a iniciativa da Prefeitura de Ponta Grossa, teve como novidade a exigência de uma música autoral no momento da inscrição. Esta exigência fez com que aumentasse consideravelmente o movimento nos estúdios de gravação da cidade nos últimos dias.

A seleção dos participantes da temporada 2019 do 'Sexta às Seis' será de responsabilidade de uma comissão externa, formada por profissionais da música que irão avaliar ‘às cegas’ as gravações enviadas, tendo como critérios a qualidade técnica da execução (como composição, letra, arranjo, harmonia, timbre e afinação) e adequação à proposta do projeto. Serão selecionadas 20 bandas, que receberão, cada uma, o cachê de R$1.200,00. O resultado será divulgado no dia 07 de março pelo site. A ordem de apresentação será decidida através de sorteio público no dia 14 de março, às 19h, no auditório do Centro de Música.

Proprietário de um estúdio de gravação, Leandro Eichelhaum trabalha com várias bandas que se inscreveram no edital. Ele conta que na época de inscrições para o Sexta às Seis o movimento no estúdio aumenta com o retorno financeiro e a demanda de trabalho. “O Sexta às Seis é o maior palco para as bandas tocarem. Por isso todo mundo quer participar da iniciativa”. Leandro registra o atendimento de até 23 bandas em uma única edição do projeto.

Emprego e Renda

Estima-se que apenas com o processo de seleção do Sexta às Seis tenha sido movimentado aproximadamente R$ 16 mil na economia do Município neste ano. Para o diretor de Cultura da Fundação Municipal de Cultura, Eduardo Godoy, isso mostra que a cultura é geradora de emprego e renda e também é responsável por fazer a economia girar. “São diversos profissionais que se envolvem em todo o processo da economia criativa, como músicos, artistas visuais, fotógrafos, técnicos de áudio, jornalistas, publicitários e produtores, além das empresas contratadas no momento dos shows para fornecer estrutura e logística”, diz.

Estudo realizado, em 2018 pelo então Ministério da Cultura , mostrou que toda a cadeia da economia criativa é responsável por 2,64% do PIB brasileiro, gerando cerca de um milhão de empregos diretos e R$ 10,5 bilhões de impostos. O gerente da BM&A (Brasil Música e Artes), organização que reúne profissionais da área e desenvolve ações para o fomento deste setor, o mercado da música no país está em expansão, Leandro Ribeiro, diz que “a meta para os próximos cinco anos é produzir o equivalente a 1 bilhão de dólares por ano com negócios relacionados à música no Brasil”.

Com informações da Assessoria de Imprensa