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Ex-morador de rua e poeta vai realizar sonho de publicar livro

O artista Antônio Calixto destaca em seus textos a preocupação com o meio ambiente e exalta temas que levam à reflexão da importância de preservar a natureza

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“Tudo começou no dia 26 de março de 1954. Naquele dia veio ao mundo alguém com a missão de defender o planeta através da literatura, do teatro e da música”. Esta é a definição que faz de si mesmo, quando Antônio Calixto é questionado sobre sua própria vida.

O escritor e compositor de 64 anos é natural de Guaporé, hoje, Porto Velho (RO).  Atualmente ele vive em Ponta Grossa com a esposa, natural de Castro, em uma residência emprestada. A trajetória de mais três mil quilômetros até a Princesa dos Campos contempla muito mais que estrada. A vinda para o Paraná é apenas uma das histórias que marcam a vida do artista. 

Calixto nasceu numa família de analfabetos. Ele mesmo só conseguiu estudar até o ensino fundamental e credita seus talentos na área pedagógica como ‘caprichos da natureza’. A infância foi marcada por dificuldades. “Aos 10 anos comecei a trabalhar para ajudar nas despesas de casa. Vendia pão na madrugada, de dia, vendia frutas”, conta. Foi para Manaus aos 15 anos de idade, fugindo do padrasto violento. Durante dois anos, praticou pequenos delitos e usou drogas. “Ao perceber que não era isso que eu queria, resolvi mudar”, relembra.

 O sonho em ingressar no Exército foi frustrado, o que estimulou sua ida ao Rio de Janeiro e descobriu uma nova paixão: a música. “Lá chegando, fui trabalhar e morar em obras, por acaso descobri que sabia tocar violão e passei então a viver da arte, tocando em casas de show”.

Com dificuldades financeiras, passou a morar na rua. E foi vivendo na rua que descobriu que era poeta. Foi então que ganhou um concurso de poesias com ‘Juilana, o baloeiro’, poema sobre um incêndio causado por um balão - história que presenciou.

Após conhecer uma professora que também era atriz, adaptou a história do balão para peça teatral. “Apresentava um programa de rádio num bairro simples onde eu morava e havia necessidade de fazer algo que amenizasse o sofrimento das pessoas. Quando a professora sugeriu a parceria, topei o desafio. Desta parceria surgiu também o livro O sorriso de Dona Tristeza”.

Desde então, sua obra ganhou forte apelo com temas como a ecologia e a sustentabilidade, com o objetivo de sensibilizar a população com informações através do teatro e da música, ampliando ainda mais o conhecimento, o estudo e a discussão sobre o meio ambiente. “Fiquei sabendo de um concurso de músicas ecológicas e meus amigos da rua me instigaram a competir. Escrevi ‘Planeta Azul’, que ficou em 3º lugar no festival”, conta.

Calixto enxerga em seu talento de contar histórias sobre a natureza a chance de mudar de vida e a vida ao seu redor. “Ainda há tempo para reflexão. Dedico-me a escrever este alerta em forma de história, na esperança de que chegue até as pessoas envolvidas com a preservação ambiental e, desta forma, apresentem meu trabalho para crianças, jovens e adultos, sobre práticas de preservação ambiental”.

Viver de arte e publicar um livro estão entre os sonhos de Antônio Calixto. “Gosto de imaginar o dia em que as pessoas defenderão a vida, a paz e o amor. Poder comercializar minhas obras, montar minha própria produtora e viver de arte e para a arte”, diz.

Venda antecipada vai garantir publicação

O sonho de ter seus textos publicados em um livro está prestes a se tornar realidade graças a um grupo de voluntários que ajudará no processo de produção do livro, que inclui digitação, projeto gráfico, editoração eletrônica, revisão, ficha catalográfica e registro na Biblioteca Nacional para obtenção do ISBN. Uma gráfica de Ponta Grossa também vai contribuir cobrando apenas o preço de custo da impressão. Por isso, para que seja possível concluir a obra, será feita a venda antecipada de livros ao preço de R$20 a unidade. Quem quiser contribuir deve entrar em contato através do telefone (42) 99118-9007 ou encaminhar um e-mail para

[email protected]

. “Toda ajuda é bem-vinda!”, agradece o escritor.

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