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Refugiado sírio é acolhido em PG e ganha destaque com culinária árabe

Da Síria para a Princesa dos Campos, uma história que conquistou a cidade com o sabor do tradicional lanche árabe

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Desde que a guerra na Síria começou em 2011, mais de cinco milhões de pessoas perderam suas casas por causa do conflito, de acordo com agência da ONU para refugiados (Acnur). Para salvar a própria vida, muitos fugiram para países vizinhos e alguns deles buscaram refúgio aqui no Brasil. Esse foi o caso do jovem, Areen Hamshw, de apenas 22 anos.

Quando Areen completou os estudos, por uma obrigação legal, ele deveria se alistar no exército sírio. Para não ter mais um filho em perigo – o irmão mais velho de Areen já estava servindo – a família reuniu todas as economias para tirar o jovem da Síria. Assim, em julho de 2015, ele desembarcou sozinho em Ponta Grossa, sem falar uma palavra em português e quase nenhum dinheiro no bolso.

Desabrigado, em um país estranho, Areen estava novamente em uma situação difícil, mas a solidariedade da doceira Bea Fecci iria transformar o seu destino. Profissional com mais de 30 anos de experiência e empreendedora no mercado de doces para festas, Bea conheceu o sírio por acaso, no estabelecimento em que ele trabalhou brevemente quando chegou no Brasil e, sensibilizada com a situação, resolveu abrigá-lo em casa. Inicialmente, ele ajudava nas festas, mas sempre falava do sonho de ter um trailer.

O desejo de montar um negócio próprio aqui no Brasil parecia muito distante, até que um amigo decidiu apostar no sonho de Areen e disponibilizou o capital inicial para começar o empreendimento e comprar o veículo - mas ainda faltava equipá-lo. Mais uma vez a sorte estava ao seu favor. Em uma oficina especializada da cidade, uma pessoa encomendou um veículo customizado, mas desistiu e o dono vendeu os equipamentos por um preço bem camarada.

Em uma semana, Bea e Areen abriram o Areen Shawarmaria, um food truck especializado em shawarma. As dificuldades financeiras eram tantas que todo o valor arrecadado no primeiro dia foi usado para comprar os ingredientes para trabalharem no dia seguinte. Mas o sucesso foi imediato, venderam 30 lanches na ocasião.

Com o tempo, o tempero importado direto do oriente médio e o pão feito pelo próprio Areen foram conquistando mais e mais clientes e foi em um evento que eles perceberam que era a hora de investir mais no negócio. “Fomos participar de uma feira e lá éramos um dos únicos que anotavam os pedidos em papel e nos sentimos mal, pois o nosso trailer não era tão profissional quanto os outros. Fora que era muito difícil encontrar o cliente no grito”, explica Bea Fecci, agora sócia do Areen Shawarmaria.

Hoje, para comer o shawarma mais famoso de Ponta Grossa é só pedir, receber a senha e acompanhar no painel o pedido. Quem opta por receber em casa, não precisa ficar repetindo o endereço da residência toda vez que liga, basta falar o telefone cadastrado e o sistema já mostra todas as informações sobre o cliente.

Agora falando dos planos do jovem Areen, além de esperar que o conflito acabe logo, ele segue enviando ajuda financeira para os pais e irmãos que ficaram na Síria e, paralelamente, juntando dinheiro para trazê-los para cá. Seu sonho de ter um trailer não só deu certo, como o sabor do seu sanduíche conquistou uma das cidades mais importantes do Paraná. Recentemente, outros dois refugiados vieram para Ponta Grossa, e um deles agora trabalha no food truck e ajuda a fazer o pão sírio.

O trailer Areen Shawarmaria fica na rua Júlia Wanderlei, próximo a Caixa Econômica, no centro, em Ponta Grossa. O horário de funcionamento é das 19h até a meia noite. Os pedidos também podem ser feitos através do (42) 99930-0437.

Lanche é popular no mundo inteiro

Com origem no Oriente Médio, o Shawarma é um prato que  acabou se popularizando em quase todo o mundo, principalmente na Europa, Rússia e Brasil, graças aos imigrantes. O lanche leva no recheio carne vermelha ou de frango ou ainda as duas carnes juntas, na versão mista. Adicionado ao recheio vai molho de alho, picles, batata frita, alface e tomate, sendo que esses dois últimos foram adaptados aqui no Brasil.Tudo isso é servido enrolado no pão sírio.

Investimento

Com o crescimento da clientela surgiu a necessidade de investir em tecnologia para agilizar o atendimento e garantir a organização do negócio como o controle do estoque. Para isso, Bea e Areen passaram a utilizar o Bemacash, sistema de vendas e gestão.

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