Preto e branco do Operário arrebatam corações em PG

“É obrigação no final de semana ir ao Germano Krüger”, garante o empresário Ricardo Maziero Rupp, de 32 anos de idade. “No dia de partida não tem outro compromisso a não ser o jogo do Operário. Uma paixão sem tamanho”, completa o torcedor que diz não se recordar de ter faltado a alguma partida em Ponta Grossa.

O amor é tamanho que esteve representado praticamente no altar. Não entendeu nada? Se acalma. Vamos por partes. Casado com Simone Lopez Rupp, ele teve que fazer um ensaio fotográfico no estádio, antes de oficializar a união. “Isso era uma coisa que ela sabia desde o início. Deixei ela escolher tudo da forma dela. A única exigência foi tirar umas fotos no Germano Krüguer”, explicou. “Minha esposa sabe de toda minha loucura e tudo o que sou capaz de fazer por esse time. Ela é muito guerreira por me aguentar e normalmente sempre está junto comigo, tanto em jogos aqui na cidade, como até fora”, reconheceu o fanático torcedor.

E se depender da Simone, essa paixão vai passar de pai para filho. Nesta semana, Rupp recebeu a notícia de que será pai. A chegada do herdeiro veio acompanhada de um body do Operário Ferroviário. Na roupa está estampada a frase: “Nossa primeira vitória juntos”. “É uma alegria sem tamanho, ainda mais junto da conquista de campeão do time”, brinca.

Para Rupp, esse é o melhor momento da história do Clube. “Se você conversar com qualquer torcedor vai perceber que nada é fácil na história desse time. Primeiro por ser considerado do interior, onde tudo é mais difícil. Foram necessários 100 anos para termos nosso primeiro título. Aí já explica a verdadeira paixão, pois é difícil ser torcedor de um time que até certo momento não tem o que comemorar. Agora, nosso momento é outro. São três anos consecutivos de títulos - Campeão Paranaense 2105, Taça Paraná 2016, e por fim Campeão Brasileiro 2017. Espero que vire rotina”, desabafa.

O amor de Rupp pela equipe de Vila Oficinas não é único. A ele se juntam a Associação Esportiva, Recreativa e Cultural Trem Fantasma, a Fúria Jovem e a Associação Avante Fantasma (AAFA).

Sócios-torcedores passam de dois mil

Para ajudar o time, 2,2 mil pessoas se tornaram sócios-torcedores do Operário. A adesão ocorre por faixas, com benefícios diferenciados de acordo com o investimento – Colaborador, Standard, Prata, Ouro e Diamante. Com os ingressos para o jogo de domingo (10) esgotados, a diretoria da equipe liberou a venda de mais 100 ingressos para quem desejar ser um sócio torcedor. Os interessados devem se dirigir à loja do Fantasma que fica no estádio. Estão disponíveis as faixas Prata e Diamante.    

Fé

O Operário também conta na torcida com um “empurrãozinho” da fé. As irmãs Carmelitas de Monte Sião são figuras carimbadas no estádio. Tem quem garanta que esse apoio ao time rende orações e agradecimentos após as vitórias. O padre Joel Nalepa é outro reforço. O pároco da Igreja Santa Terezinha, quando pode, não perde a oportunidade de acompanhar a partida no Germano Krüger.