Urbe
Grupo se aventura desbravando cavernas em PG
Administrador | 27 de agosto de 2016 - 02:45
Na última quinta-feira, o Grupo Universitário de Pesquisas
Espeleológicas (Gupe) completou 31 anos de atuação em Ponta Grossa e na região.
Há mais de três décadas a entidade sem fins lucrativos vem realizando
atividades educacionais e também de pesquisa com o objetivo de conservar as
cavidades subterrâneas, além de explorar e prospectar cavernas.
Atualmente, o grupo possui 20 membros ativos, envolvendo
geógrafos, biólogos, geólogos, turismólogos e jornalistas. Somente em Ponta
Grossa são 51 cavernas cadastradas, garantindo o título de município com mais
cavernas na região sul do Brasil.
De acordo com o informativo online do Gupe (que pode ser
acessado através do endereço www.gupe.org.br), desde o início do mês de
fevereiro a equipe está desenvolvendo diversos trabalhos de campo em cavernas
do Parque Nacional dos Campos Gerais (que totaliza 28 cavernas), recorte
espacial do projeto “Valores da Geodiversidade de cavidades subterrâneas no
contexto da prestação de serviços ecossistêmicos: subsídios para a elaboração
do plano de manejo do Parque Nacional dos Campos Gerais (Paraná)”, financiado
pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.
Nesta etapa, os trabalhos estão focados para atender dois
dos cinco objetivos da pesquisa. O primeiro deles é inventariar a
geodiversidade das cavidades subterrâneas, envolvendo as formas, feições e
processos morfogenéticos. Já o segundo e identificar zonas de conservação das
cavidades subterrâneas no contexto de bacias hidrográficas.
Em abril, cinco novas cavidades foram encontradas
Também com base no informativo online do Gupe, em abril as
equipes exploraram uma área de grande potencial espeleológico, ainda dentro do
Parque Nacional dos Campos Gerais, situada na Fazenda São Miguel. O trabalho
contou com a participação do ICMBio e do professor doutor Sérgio Bazilio, da
Universidade Estadual do Paraná (Unespar) - campus de União da Vitória. O
objetivo principal do trabalho de campo foi explorar o front da Escarpa
Devoniana para a identificação de novas cavidades subterrâneas. Durante os
trabalhos foram encontradas cinco novas cavernas (Gruta da Ricota I e II, Toca
do Golpe, Gruta de Ponta Cabeça e Abismo do Ferla).
O Gupe possui parceria com o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade - IMCBio, Projeto Caverna – Geoturismo e Roteiros
Pedagógicos, RPPN Reserva Meia Lua, RESSEG – Ecologia e Aventura e Solo –
Esportes radicais.