Urbe
Olhar de pai através da fotografia
Administrador | 13 de agosto de 2016 - 03:06
A história do médico ponta-grossense Maikel Ramthun, de 36
anos de idade, é a prova de que a chegada de um filho pode mudar o dia a dia
das pessoas. No caso dele, fazendo com que a vida passasse a ser vista por
outro prisma, ou melhor, por outra lente de uma máquina fotográfica carregada
de amor e dedicação.
Pai de duas meninas – Valentina (quatro anos de idade e
fruto do primeiro casamento) e Manuela (um ano de idade do atual
relacionamento) -, ele começou a fotografar no final de 2011 enquanto aguardava
a chegada da primeira herdeira. “Tudo o que aprendi foi estudando sozinho na
internet, lendo muito e praticando. Sempre gostei de fotografia, mas comecei a
fotografar por causa da minha filha que iria nascer. Tenho dois fotógrafos nos
quais me inspiro bastante, que são Adrian Murray e Elena Shumilova”, revela.
Com uma técnica apurada, logo os cliques começaram a
impressionar. Apesar disso, Ramthun não acredita existir uma divisão entre a
paixão pelos flashes e a sua carreira na Medicina na área de nefrologia. “A
minha profissão ocupa a maior parte do meu tempo. Mas aproveito os momentos com
as minhas filhas, levo a câmera para todo canto. Se não posso sair com elas eu
invento um cenário e fotografamos em casa mesmo”, detalha. “Quero poder
retratar a vida delas como um conto de fadas, para que um dia vejam as fotos e
possam sentir esse amor que tenho por elas. Além de criar um laço entre as duas
através da fotografia”, completa.
Sem entrar em detalhes, justificando que seria uma longa
história, o médico diz que o maior presente que poderia receber do “Dia dos
Pais” seria poder fotografar as filhas juntas, além de vê-las brincando e
convivendo. “Pode parecer estranho, mas é isso mesmo”, finaliza.
Produção pode ser apreciada em página nas redes sociais
Interessados em conhecer mais sobre as fotografias de Maikel
Ramthun podem acessar a página "O médico que fingia ser fotógrafo",
no Facebook, com quase 40 mil curtidas. “Apesar do que as pessoas me dizem, não
me considero fotógrafo. Mesmo tendo estudado muito sobre o assunto, quando
comparo à quantidade de estudo e tempo que eu dedico à medicina, realmente
tenho que dizer que sou médico e apenas finjo ser fotógrafo”, afirma. Para ele,
a fotografia é muito mais do que um passatempo, é uma paixão. “É uma forma de
aliviar as cargas do dia a dia, de transformar a vida em registros, deixá-la
ainda mais linda, de curar a alma”, conclui