Safra de verão crescerá 15,6% e será uma das maiores da história

A região dos Campos Gerais e o Paraná deverão ter uma das maiores safras da história neste período 2016/2017. Para o Estado, a estimativa é de mais uma safra recorde, com a colheita de 23 milhões de toneladas de grãos, 14% maior do que a safra passada. Já na região dos Campos Gerais, a perspectiva é de que se aproxime da colheita de 3 milhões de toneladas, valor 15,6% superior aos 2,58 milhões registrados no ano passado. Seria um valor semelhante ao registrado na safra 2014/2015 (2,99 bilhões) e apenas inferior aos 3,2 bilhões da safra de 2012/2013, podendo se destacar como a segunda maior da história para a região. As estimativas são da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab).

“Está se encaminhando para ser uma das maiores em termos de produção, já que aumentou a área de milho e este produz mais que a soja, de 3,6 mil quilos por hectare para 10 mil quilos por hectare. Além desse fator, a safra está correndo bem”, resume o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) na região, Luiz Alberto Vantroba. Segundo ele explica, as condições climáticas estão bastante favoráveis, o que, combinada com toda a tecnologia empregada, deverá culminar no alto rendimento por hectare. “Estava faltando chuva até sexta, mas choveu bem em toda a região no fim de semana. Por mais uns 10 dias está tranquilo. As culturas, como milho e feijão estão se desenvolvendo bem, e a soja está quase 95% plantada, e do já plantado a germinação está boa”, informa.

No caso da soja, estima-se um rendimento de 3,6 mil quilos por hectare. Assim, nos 531 mil hectares plantados, a perspectiva é de que seja colhido 1,91 milhão de toneladas – 2% a mais que na anterior. Para o milho, espera-se o rendimento de 10 mil quilos por hectare, o que seria um recorde. A área plantada cresceu 31% em relação à safra passada, de 74,8 mil hectares para 97,9 mil hectares, o que deverá resultará em uma produção total de 979 mil toneladas, ou seja, 55% a mais do que foi obtido na safra passada (632 mil toneladas). O feijão, por sua vez, deverá ter um rendimento total de 98,9 mil hectares, 33% acima dos 74,3 mil na safra 2015/2016. “É claro que tem chão ainda, porque a floração e frutificação são fases cruciais. Mas, por enquanto, o clima está favorável”, conclui o economista.

Produção da soja irá crescer mais o preço será mantido

O economista Marcelo Garrido avalia que deverá haver uma produção mundial de soja maior este ano, mas que os preços do grão devem se manter estáveis, devido ao câmbio com tendência de valorização do dólar. “A soja está sendo comercializada a R$ 68 a saca, o que é considerado um preço bom, mas muitos produtores ainda esperam uma reação positiva para aumentar a comercialização”, informa.