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Plantio de soja na região começa a partir de outubro

O plantio da soja na região dos Campos Gerais deve começar em 20 de outubro. A recomendação é do Núcleo Regional de Ponta Grossa da Secretaria de Estado de Abastecimento e da Agricultura (Seab). A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), empresa vinculada à Seab, emitiu a Portaria nº 189, alterando a de nº 193, que estabelece o período de semeadura e colheita de soja no Estado, no fim do mês passado. A recomendação da agência era que, para um controle amplo da ferrugem asiática, não houvesse plantas vivas de soja a campo antes de 16 de setembro, última sexta-feira. A decisão não impedia, no entanto, que a semeadura ocorresse antes desse período.

Para a Adapar, esse período de vazio sanitário é fundamental para que as lavouras iniciem seu desenvolvimento sem a presença do fungo causador da doença. Se houver antecipação da semeadura, o produtor poderá colher precocemente, podendo aproveitar oportunidades para novas opções de cultivo no período da safrinha, em substituição ao plantio da soja safrinha que continua proibido no Paraná, como estratégia de combate à ferrugem asiática.

Conforme portaria da Adapar em vigor, continua proibido plantar a soja no período da safrinha, entre junho a setembro. Com isso evita-se a formação de hospedeiros – por meio de plantas vivas – para os fungos da ferrugem asiática. Na região atendida pelo Núcleo Regional, no entanto, a recomendação adia ainda mais o início do plantio. Isso por conta do zoneamento diferenciado para cada região, além da influência dos fatores climáticos. Esse calendário, definido a partir de pesquisas minuciosas de técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) não impede que os agricultores da região iniciem o plantio antes dessa data, especialmente nos municípios ao norte da região, como Tibagi e Ventania. O plantio é permitido pela legislação, mas para prevenir perdas para a lavoura, o período de 10 a 20 de outubro é o mais indicado.

A ferrugem asiática é uma doença causada por fungos que se hospedam nas plantas vivas de soja, onde permanece viável até a próxima safra. Essa doença provoca grandes perdas econômicas aos agricultores, pois reduz a produtividade e aumenta os custos diante da necessidade de aplicação de fungicidas. “Essa é a pior doença da cultura da soja, ela reduz a produtividade”, afirma o economista do Departamento de Economia Rural da Seab em Ponta Grossa, Luiz Alberto Vantroba.

Calendário reduz uso de fungicida

A medida atende os interesses dos sojicultores paranaenses. “Inclusive ela é bem vista pela pesquisa agrícola porque vai resultar em menos aplicação de fungicidas nas plantas, com chance de sucesso para as lavouras que terão menos resíduos químicos”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara.“Além disso, os produtores podem colher a soja antes e ganham oportunidade para plantar o milho safrinha em um momento adequado para escapar de geadas intensas”, completou.

Ponta Grossa produziu 241 mil toneladas em 2015

Em Ponta Grossa, a soja em safra normal teve produção de 241 mil toneladas e a produção de R$ 241 milhões em 2015. Já a soja no período da safrinha teve uma produção de 4,35 mil toneladas, gerando rendimento de R$ 4, 4 milhões. O grão corresponde a 49% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do município, que  em 2015 atingiu a marca de R$ 506 milhões. A região abrangida pelo Núcleo Regional de Ponta Grossa, que envolve 18 municípios, é a terceira maior produtora de soja do Paraná, segundo dados de 2014, compor 11% da produção do estado.

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