PONTA GROSSA
Missionários de PG refletem sobre a alegria do Evangelho
Mais de mil pessoas vindas de toda a Diocese se reuniram em retiro no último fim de semana
Mario Martins | 26 de fevereiro de 2019 - 09:46
Mais de mil pessoas vindas de toda a Diocese se reuniram em retiro no último fim de semana
Uma Igreja missionária na alegria do Evangelho. A
expectativa idealizada quando da realização do retiro missionário, ocorrido
neste final de semana, em Ponta Grossa, foi superada. Afinal, todas as 46
paróquias da Diocese estavam representadas; mais de 1.100 pessoas participaram;
23 paróquias da cidade-sede acolheram os missionários das 23
paróquias de outros municípios, envolvendo cerca de 500 famílias
ponta-grossenses que hospedaram em suas casas os missionários e tomaram,
juntos, o café da manhã partilhado no domingo. A avaliação é do coordenador
diocesano da Ação Evangelizadora, padre Joel Nalepa, que considerou ainda
extremamente motivadora as falas de dom Mário Spaki, bispo de Paranavaí, e
Odaril José da Rosa, coordenador do Conselho Missionário do Regional Sul 2
(Comire).
“Eles foram muito felizes na maneira de falar do tema
‘alegria do Evangelho’. Por tudo isso; pelas reações e presença do povo valeu
muito a pena!”, resumiu padre Joel. O retiro reuniu todas as lideranças das
paróquias, sábado e domingo, na sede da Vila Marina do Colégio Sagrada Família.
Ao todo, 1.100 pessoas. 1.003 missionários. Mas, também participaram
sacerdotes, catequistas, integrantes de conselhos pastoral e econômico,
seminaristas e ministros. Dom Mário Spaki se disse surpreso. “Ver gente de
todas as paróquias, todas representadas, isso significa que a dimensão
missionária continua em alta em Ponta Grossa, como sempre foi; cujos frutos são
grandes, entre os quais o Pedro e a Salete (Lang), que saíram daqui e
foram trabalhar na Guiné Bissau, na África”, comentou o bispo, que é de Irati e
coordenou o processo missionário da Diocese de Ponta Grossa, a partir de 2007.
“É com grande alegria que volto, trazendo assuntos que já
tinha trabalhado e, agora, com uma nova perspectiva: falando a figura do
missionário enquanto pessoa. Como cada um pode ser missionário no dia a dia”,
afirmou. De acordo com dom Mário, o trabalho missionário não vai parar, não vai
baixar de força porque está recebendo uma injeção de ânimo. “Vimos nos
testemunhos, muito fortes, as pessoas emocionadas porque a missão toca, mexe,
converte, entusiasma, arrasta”. Odaril da Rosa enalteceu a iniciativa da
Diocese de iniciar os trabalhos nas paróquias com um retiro, “para abrir
essa consciência que todos os movimentos, pastorais são missionários e não só
aqueles integrantes dos grupos de animação. Todo o batizado, por excelência, é
um missionário, e, muitas vezes nem sabe que é. Precisamos é fazer as
atividades que já fazemos na dinâmica que o Papa Francisco pede: para fora”,
orientou. Odaril usou o exemplo das aulas de catequese. “Por que tem de ser no
salão da igreja e não na casa de um catequizando? É preciso ser missionário nos
ambientes que a gente frequenta”.
O bispo de Ponta Grossa, dom Sergio Arthur Braschi, considerou
o retiro muito enriquecedor. “Tocou muito o coração de todos os que puderam
vir. Agora, passaremos para um segundo momento muito importante: em março e
abril teremos de fazer ressoar isso tudo nas paróquias, repassar os conteúdos
da Evangelii Gaudium, a exortação ao Evangelho da Alegria. É fundamental levar
o retiro para as comunidades porque, a partir de maio, teremos gestos
concretos. A sugestão ouvida aqui é para que haja ações mês a mês”, comentou o
bispo. Outra expectativa é fazer crescer o ardor missionário até a
assembleia diocesana do dia 24 de agosto, quando serão escolhidas as novas
prioridades para a Diocese. “E esse ardor missionário, sem dúvida, vai estar
presente em nossa assembleia para os próximos anos”.
Impressões
O aspecto diferente do retiro foi a dinâmica de ver famílias
das paróquias dos Setores de 1 a 4, localizadas na sede da Diocese, hospedarem
e servirem o café da manhã, no domingo, para os missionários vindos dos
Setores de 5 a 8. Araci de Oliveira Pereira, da Paróquia Nossa Senhora do
Pilar, acolheu dois missionários de Castro. Ela própria é missionária e
considera muito importante esse tipo de intercâmbio. “Fiquei muito animada em
recebê-los. Coisa muito boa e que precisava muito ser feita”, dizia. Ana
Cristina, da Nossa Senhora do Rosário, de Castro, considerou as falas de sábado
muito úteis na missão de missionário. “Gostei muito. À noite, fui acolhida por
uma família maravilhosa. Só tenho a agradecer à família e à paróquia, muito
obrigada!”
Padre Joel Nalepa frisou a intenção de repetir a experiência
em todas as paróquias da Diocese, por intermédio de cada grupo que participou,
com ajuda da paróquias acolhedoras e apoio da coordenação diocesana. “Vamos
tentar colocar em prática as pistas para os meses do ano, fortalecer os Grupos
de Animação Missionária, fazer visitas e formar grupos com as famílias que
foram visitadas já nos anos anteriores, enfim, manter a chama missionária acesa
e na alegria do Evangelho propiciar o encontro e o reencontro com Cristo a quem
somos enviados”, adiantou, citando também a necessidade preparar assembleia
diocesana do dia 24 de agosto, à luz das novas Diretrizes da CNBB e em vista do
centenário da Diocese, em 2026.