PONTA GROSSA
Câmara vota na quarta revisões no Código Tributário
Dentre as propostas está a redução do desconto no IPTU, de 15% para 10%, nos pagamentos à vista
Da Redação | 12 de dezembro de 2018 - 09:37
Dentre as propostas
está a redução do desconto no IPTU, de 15% para 10%, nos pagamentos à vista
A Câmara de Ponta Grossa vota nesta quarta-feira (12) uma
proposta do Poder Executivo que revisa alguns itens do Código Tributário
Municipal, nome dado à lei 6.857/2001. Dentre as principais medidas está a
mudança, a partir de 2020, do desconto fornecido para os contribuintes que
desejam pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) à vista. O valor,
atualmente fixado em 15%, passará a ser de 10%.
A medida chegou a ser discutida na sessão de segunda-feira
(10), mas foi retirada para vistas pelo vereador Pietro Arnaud (Rede). Durante
a sessão, o vereador Geraldo Stocco (Rede) se posicionou contrário à redução do
benefício. Para ele, é preciso incentivar o pagamento à vista dos tributos para
diminuir a inadimplência no decorrer do ano.
A proposta do poder Executivo também traz alterações na
alíquota da taxa para ocupação de áreas públicas para a instalação de parques e
circos no município. A cobrança, antes estimada em 700% sobre o Valor de
Referência (VR) do município por dia, poderá cair para 200% se a medida for
aprovada.
Em resumo, parques e circos que quiserem se instalar em
áreas públicas de Ponta Grossa poderão uma alíquota de pouco mais de R$ 100,00
diariamente (o valor fixado atualmente é de cerca de R$ 360,00). Na última
sessão o vereador George Luiz de Oliveira criticou a diminuição da taxa. Para
ele, o valor atual não é considerado prejudicial para as empresas.
A justificativa para a mudança na alíquota, de acordo com o
documento, é que os empresários procuravam locais privados para a instalação
dos espaços de entretenimento e que, na maioria das vezes, não possuem
estrutura necessária para a realização das atividades.
O documento estima que as mudanças deve gerar um aumento na
receita municipal na faixa de R$ 3,5 milhões anualmente. Na proposta, assinada
pelo prefeito Marcelo Rangel (PSDB), fica claro que a aprovação das medidas é
necessária para que o município não seja obrigado a aumentar alíquotas
tributárias. “Se mantida a atual sistemática de benefícios, inevitavelmente o
Município terá de lançar de outro meios para fazer frente aos gastos que onerariam
ainda mais a população pelo aumento de tributos”, descreve o documento.
Proposta altera prazo
para isenção
O secretário municipal de Finanças, Claudio Grokoviski,
destacou um artigo do documento que prevê mudança no prazo para que os
contribuintes solicitem a isenção do IPTU. “A mudança faz com que a
administração tenha prazo maior para analisar e responder aos pedidos",
disse. O projeto ainda agrupa os benefícios junto à Lei do Código Tributário
Municipal e institui um tratamento tributário diferenciado às micro e pequenas
empresas, nos moldes aplicados em municípios de mesmo porte de Ponta Grossa.
Medida deve enfrentar
resistência
Na última sessão, vereadores sugeriram votar em destaque ao
menos três itens do documento original: sobre a redução no desconto do IPTU, o
aumento da alíquota para os parques e também os valores direcionados aos
tributos de micro e pequenas empresas. O pedido de vistas de Pietro Arnaud
contou com o apoio de George, que inclusive sugeriu que a proposta fosse
explicada na Câmara por algum membro do Poder Executivo – como o próprio Claudio
Grokoviski ou o procurador-geral do município, Marcus Freitas.