Política
PG tem médico na lista de cubanos que deixarão o país
Informação foi confirmada pelo prefeito Marcelo Rangel pelo Twitter; ele garante que vai lutar para evitar saída.
Da Redação | 17 de novembro de 2018 - 01:36
Informação foi confirmada pelo prefeito Marcelo Rangel pelo
Twitter; ele garante que vai lutar para evitar saída
O prefeito Marcelo Rangel usou sua conta no Twitter para
confirmar que já recebeu a primeira lista de médicos cubanos que deixarão o Brasil
após a decisão do governo caribenho de abandonar o programa Mais Médicos. No
documento, há o nome de apenas um médico que atua em Ponta Grossa, de acordo
com o prefeito – a cidade pode perder até 60 médicos, de um total de 80 que
atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
“Nesse momento, junto com o secretário-adjunto de Saúde,
recebemos a primeira lista oficial vinda de Cuba com nomes de médicos que
voltarão ao país. Nesta primeira lista, apenas um médico nosso foi citado.
Estou trabalhando para não os perdermos”, postou o prefeito.
Rangel ainda garantiu que “os nossos médicos cubanos amam a
nossa cidade de Ponta Grossa. E nós também os amamos. Minha solidariedade a
estes profissionais” e garantiu que vai lutar para garantir a permanência de
todos no município. “Me sinto pequeno para conseguir algo tão difícil, mas não
vou me ausentar desta luta”, escreveu o prefeito.
Governo cubano culpa Bolsonaro por decisão
Por meio do Ministério de Saúde Pública, o Governo de Cuba
anunciou a saída do programa 'Mais Médicos'. O comunicado publicado pelo
Executivo do país da América Central revela que cerca de 20 mil colaboradores
cubanos atenderam mais de 113,3 milhões de pacientes em 3,6 mil municípios.
"O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com
referências diretas sobre a presença de nossos médicos, já havia declarado e
reiterado que modificará as condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito
à Organização Pan-americana de Saúde e com o acordo feito com Cuba, ao
questionar a preparação de nossos médicos e condicionar sua permanência no
programa a uma revalidação do título de médico como a única forma de uma
contratação individual", diz o comunicado.
Ainda não há uma data oficial para o retorno dos médicos ao
país de origem.
Medidas emergenciais
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (14), poucas
horas após o anúncio feito pelo governo cubano, o prefeito explicou como está o
cenário ponta-grossense. De acordo com Rangel, atualmente o município conta com
60 profissionais cubanos no atendimento à atenção primária. O número representa
75% do total de 80 profissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
O prefeito ainda destacou que cada médico do exterior é responsável pelo
atendimento de 4 mil moradores. A saída dos profissionais deixariam 240 mil
pessoas desamparadas na cidade.
Com a expectativa de que os médicos deixem o país em até uma semana, Marcelo Rangel já pediu que o corpo jurídico e financeiro da Prefeitura busque alternativas para evitar um caos na Saúde Pública Municipal. Ao lado da secretária municipal de Saúde, Ângela Pompeu, o prefeito também anunciou a realização de estudos emergenciais para readequações no sistema.