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‘Reforço’ no caixa da CPS gera polêmica na Câmara de PG

Por mais de uma hora vereadores debateram o tema. Pedido de vistas de Celso Cieslak (PRTB) iniciou o debate

CPS realiza obras de pavimentação com custo acessível
CPS realiza obras de pavimentação com custo acessível -

Os vereadores da Câmara Municipal (CMPG) se envolveram em um polêmico debate que tem como pivô a integralização de mais de R$ 5 milhões no caixa da CPS (Companhia Pontagrossense de Serviços). A empresa que tem capital misto é responsável por obras de pavimentação no município e a polêmica foi iniciada com um pedido de vistas apresentado pelo vereador Celso Cieslak (PRTB) durante a sessão desta segunda-feira (23).

O ‘reforço’ no caixa da CPS está previsto no projeto de lei (PL) 12/2018 de autoria do Executivo. Na prática, a integralização de capital é usada para que a CPS possa financiar pavimentações que são comercializadas “a baixo custo” com os moradores da cidade. Celso questionou o projeto. “Acho essa integralização um absurdo, caso estejam cerceando um pedido de vistas, é um outro absurdo”, disparou Celso. O pedido de vistas foi rejeitado com 17 votos contrários em votação.

O vereador foi prontamente respondido, por membros da base governista e também da oposição – até o presidente do Legislativo, Sebastião Mainardes (DEM), se envolveu no embate que se tomou boa parte da sessão. O primeiro a questionar as colocações de Celso foi o vereador Eduardo Kalinoski (PSDB). “A CPS trabalha com um plano comunitário, é necessário integrar o capital para conseguir realizar as obras”, disse.

Questionado, Celso chegou a dizer que a CPS deveria ser “totalmente privatizada”. “Quem fiscaliza a CPS? Todo ano integralizamos capital e pra onde vai esse dinheiro?”, alfinetou o vereador do PRTB. Kalinoski voltou a se envolver na discussão e criticou. “Quer saber onde está o dinheiro? Está no asfalto dos bairros, está no maquinário, na folha de pagamento. A CPS é pública”, disparou Eduardo.

Kalinoski alertou apenas ser contra o caráter “de banco” que a CPS tem adotado. “A Companhia tem funcionado mais como um órgão financiador do que executor. Acho que deveria ser o contrário. O diferencial da CPS é conseguir financiar em longas parcelas e contribuir com a população mais humilde. Que empresa da cidade parcela o asfalto em 48 ou 60 vezes?”, alertou Eduardo.

Quem também debateu a integralização foi Sebastião Mainardes (DEM). Conhecido pelo tom conciliador, Mainardes foi enfático. “Mais de 99% do capital da CPS é público e para funcionar é preciso integralizar o capital, se não a pavimentação não anda. Se o vereador [Celso] tem alguma denúncia que apresente, mas não podemos travar todo processo por conta desse tipo de argumento”, disse o presidente.

Pietro e Celso trocam farpas

O projeto de lei que trata do tema acabou aprovado e apenas Celso Cieslak (PRTB) votou contra o PL. Ele e Pietro Arnaud (REDE) trocaram farpas durante o debate sobre a integralização – a discussão esquentou depois que Pietro disse que “não seria mais favorável as vistas” propostas por Celso – o parlamentar do PRTB apresenta com frequência pedidos de vistas. “Uma criança sabe o que é integralização e o senhor segue apresentando denúncias sem consistência alguma”, disparou Pietro.

Celso respondeu e criticou a postura do vereador do grupo oposicionista. “Eu tinha o senhor [Pietro] como vereador fiscalizador. Mas nesses 15 meses de mandato, o que o senhor fiscalizou?”, criticou Cieslak. Pietro ainda rebateu questionando os métodos de fiscalização do vereador do PRTB no que diz respeito a doação de terrenos. “Eu não converso com empresário, fiscalizo de outra forma”, disse Pietro.

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