Política
Após ‘derrota do governo’, Aliel pede atenção com projetos
Deputado federal avalia que suspensão de votação da reforma da previdência foi derrota do governo, mas projetos “infraconstitucionais” exigem atenção
Afonso Verner | 24 de fevereiro de 2018 - 06:50
O deputado federal Aliel Machado (Rede) acredita que novos
projetos que devem tramitar no Congresso nas próximas semanas ainda oferecem
“risco à população”, apesar da “derrota” do governo na questão da reforma da
previdência. Em visita à redação do Jornal da Manhã e do portal aRede nesta
sexta-feira (23), o parlamentar também explicou porque é favorável à intervenção
federal no Rio de Janeiro, aprovada nesta semana pela Câmara Federal e pelo
Senado.
“Votei favorável à intervenção federal porque o próprio
governo do Rio de Janeiro assumiu que não tinha mais condições de administrar a
segurança pública”, esclarece. “A polícia do Rio está sem dinheiro, sem
equipamentos, com recorde de morte de policiais”, relembra. Para Aliel, a
intervenção pode dar a estrutura que determinará autonomia dentro das
instituições. “É uma ferramenta que pode ajudar a combater a corrupção, tanto
dos engravatados quanto dos fardados, porque o maior problema da segurança no
Rio de Janeiro é a corrupção”, completa.
Reforma da
previdência
Crítico da proposta do governo federal para a reforma da
previdência, o deputado acredita que a suspensão do projeto por conta da
intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro pode ser considerada uma
derrota do governo de Michel Temer, mas faz um alerta. “O compromisso com
certos grupos empresariais ainda existe e é preciso ficar atento com projetos de
leis infraconstitucionais”, argumenta o parlamentar da Rede.
“Se o governo diz que vai economizar bilhões, alguém vai
perder dinheiro, e esse alguém é a população. O próprio ministro da Fazenda
[Henrique Meirelles] já falou sobre aumento de impostos, o que é um crime
contra a população, e cortes no orçamento”, alerta Aliel, complementando que
seu partido já está “de olho” nos projetos que tramitam na Câmara e dos que
ainda estão por vir por parte da base do governo.