Política
Câmara aprova fim do imposto sindical obrigatório no transporte escolar
Projeto de lei que trata do tema foi aprovado em duas discussões e segue para a avaliação do Poder Executivo
Afonso Verner | 22 de fevereiro de 2018 - 06:10
A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) aprovou nesta
quarta-feira (21) o projeto de lei (PL) 3/2018, de autoria dos vereadores Rudolf ‘Polaco’
Christensen (PPS) e Eduardo Kalinoski (PSDB). A proposta extingue
custos das documentações exigidas para o cadastramento dos veículos de
transporte escolar na Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT).
A alteração na lei propõe o cancelamento da obrigatoriedade
de se apresentar uma certidão de quitação de contribuição sindical da categoria
e, com isso, acaba com a obrigatoriedade do chamado imposto sindical. Com a
presença dos representantes do setor escolar nas galerias da Câmara, os
vereadores aprovaram a proposta em duas discussões e agora o texto segue para
avaliação do Poder Executivo.
Autor da proposta, Rudolf Polaco destacou que a
mudança busca eliminar as exigências previstas em lei que atualmente obrigam os
motoristas a seguir determinações da entidade sindical. “Depois da aprovação da
Reforma Trabalhista pelo Congresso Federal, o imposto sindical não se tornou
mais obrigatório aos trabalhadores. Nosso projeto também é uma forma de adequar
a legislação com este novo cenário”, explica o vereador.
Os autores do projeto ainda ressaltaram o argumento de que o
Estatuto da Microempresa prevê custo zero para empreendimentos deste segmento. O
presidente da Casa de Leis, Sebastião Mainardes (DEM), usou a palavra para
falar do tema e agradeceu o empenho dos parlamentes que integram as comissões
permanentes da Casa de Leis. “Me reuni com os donos de vans escolares e disse
que faríamos de tudo para votar e aprovar a proposta o mais rápido possível”,
disse o parlamentar.
De acordo com o presidente da Casa de Leis, a contribuição sindical
de quem atua no setor começou em R$ 20 e chegou até a casa de R$ 550 no caso de
alguns empresários – a taxa tinha que ser obrigatoriamente paga todos os anos.
O projeto segue para a avaliação do Executivo – a expectativa dos vereadores é
que a medida seja sancionada nos próximos dias para que entre em vigor ainda
este ano.
Alteração foi
aprovada de forma unânime
Por tratar de um tema polêmico, como é o caso do imposto
sindical, a expectativa é que houvesse debate no plenário da Casa de Leis, mas
a proposta foi aprovada de forma unânime, apenas com comentários positivos de
alguns parlamentares. O imposto sindical obrigatório do transporte escolar era
destinado ao Sindicato dos
Trabalhadores Transporte Rodoviários Passageiro Ponta Grossa (Sintropas-PG),
mesmo órgão que representa os funcionários da Viação Campos Gerais (VCG),
empresa concessionária do transporte coletivo.