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Sandro e Aliel divergem sobre proposta do ‘Distritão’

Deputados federais votaram de maneira distinta sobre mudança no sistema eleitoral para o próximo pleito

Imagem ilustrativa da imagem Sandro e Aliel divergem sobre proposta do ‘Distritão’
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Em 2018 a forma de escolher deputados federais e estaduais continuará a mesma já que a Câmara dos Deputados rejeitou, na noite de terça-feira (19), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 

77/03 – foram 238 votos contrários, 205 favoráveis e 1 abstenção. O arquivamento mantém o sistema proporcional, em que as cadeiras são distribuídas de acordo com o desempenho eleitoral de partidos ou coligações – os deputados federais de Ponta Grossa votaram de maneira distinta.

Sandro Alex (PSD) foi favorável a aplicação do ‘Distritão’ em 2018 e da votação no chamado ‘distrital misto’ no pleito seguinte, já o deputado federal Aliel Machado (REDE) votou contra a PEC 77/03. A proposta é uma das várias alternativas de mudanças no sistema político e, além disso, deputados e senadores também discutem o fim das coligações e a chamada clausula de barreira – ambos os debates seguem em trâmite no Congresso.

O deputado Sandro Alex (PSD) lembrou que é “defensor” do sistema distrital misto e lembrou que votou favorável à alternativa proposta por entender que “o sistema atual entrou em colapso” e as mudanças seriam emergenciais. “O Distritão não seria o ideal, mas seria o começo. Defendo o voto distrital misto e acredito que as mudanças no sistema político tem que começar de algum lugar”, contou parlamentar.

Por outro lado, o deputado federal Aliel Machado (REDE) afirmou que a proposta do ‘Distritão’ dificultaria a renovação e favoreceria, dessa forma, “a permanência de quem está no Poder”. “Esse Congresso vive uma crise muito profunda do ponto de vista de legitimação, na própria análise dos cientistas políticos o Distritão daria a oportunidade para que muitos caciques continuassem no Poder”, contou Aliel.

A PEC 77/03 previa que em 2018 cada estado ou município se tornaria um distrito eleitoral e com isso seriam eleitos os candidatos mais votados – nesse caso não seriam levados em conta os votos para o partido ou a coligação. Com isso, a eleição para deputados (estaduais e federais) e vereadores tornar ia-se uma disputa majoritária, assim como acontece por cargos como os de prefeitos, governadores, presidente e senador

Cientista político salienta “momento de crise”

O cientista político e professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Emerson Cervi, lembra que as propostas da reforma política foram apresentadas em um momento de crise do sistema e em forma “reativa” às denúncias contra os políticos. “De forma geral, a reforma política pioraria o sistema representativo”, explica Cervi. O cientista político lembrou ainda que alguns partidos ‘fecharam questão’ sobre a votação desta terça-feira. “Votação que sepultou (pelo menos até 2020) o Distritão como sistema eleitoral teve como parlamentares fiéis à ideia a maioria de deputados do PMDB, PSDB, PP, PSD, DEM, Podemos e Solidariedade., mas não foi suficiente para aprovar a proposta para 2018”, conta. 

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