Política
Câmara de PG passará por reforma ainda em 2017
Prédio foi construído na década de 1980 e tem vários problemas de acessibilidade, além da incapacidade de abrigar todos os vereadores
Afonso Verner | 21 de janeiro de 2017 - 06:10
Prédio foi construído na década de 1980 e tem vários problemas de
acessibilidade, além da incapacidade de abrigar todos os vereadores
A sede do Legislativo Municipal de Ponta Grossa passará por
uma reforma e por readequações ainda em 2017. De acordo com o presidente da
Câmara, Sebastião Mainardes (DEM), o prédio construído na década de 1980
apresenta inúmeras falhas do ponto de vista da acessibilidade, além dos
problemas estruturais. A falta de acessibilidade ficou ainda mais evidente com
a eleição do primeiro vereador cadeirante da história, Felipe Passos (PSDB).
Segundo Mainardes (DEM), a Mesa Executiva da Câmara realizou
todos os esforços possíveis para modernizar e acomodar os vereadores, mas o
prédio apresenta alguns aspectos que só podem ser alterados com uma obra mais
ampla. “O problema da acessibilidade não é só da sede da Câmara, isso se repete
em todos os prédios públicos antigos e deve ser ajustado com urgência”, contou
Sebastião.
Com a eleição de Passos (PSDB), a situação do prédio ficou
ainda mais evidente. O tucano ficou com o gabinete mais ‘acessível’ do
Legislativo e, mesmo assim, tem várias atividades dificultadas. “Eu, por
exemplo, não consigo ir ao banheiro sozinho, por conta da falta de rampas e
para entrar no plenário o esforço é muito grande para um cadeirante”, critica Passos.
O vereador lembra que, desde que foi eleito, já havia sido procurado por
Mainardes (DEM) para discutir as medidas de ampliação da acessibilidade, mas,
até agora, nada foi feito.
Os problemas enfrentados por Passos (PSDB) e por outros
portadores de necessidades especiais também se estende ao plenário. O vereador
tucano, por exemplo, só consegue chegar ao local com a ajuda de assessores e
com “muita prática” no comando da cadeira. Além disso, Passos só consegue
chegar ao púlpito, local em que os vereadores discursam, caso seja carregado
por outra pessoa.
O presidente da Casa de Leis garante que em 2017 o
Legislativo passará por uma reforma e adequações. O valor da obra ainda não é
conhecido pelo presidente, mas Sebastião afirma que o investimento será o “necessário
para amenizar os problemas”. “O projeto está sendo realizado por engenheiros da
Prefeitura e aguardamos os documentos para poder licitar a obra”, garantiu
Mainardes. Além da acessibilidade, os problemas na sede do Legislativo também
abrangem a falta de gabinetes.
Ampliação do número
de vereadores trouxe complicações
Desde que o número de vereadores subiu de 15 para 23 em
Ponta Grossa, a falta de gabinetes no Legislativo começou a ser notada. Com a
ampliação das cadeiras, alguns gabinetes foram improvisados em outros andares
da Câmara – a maioria dos vereadores tem os gabinetes instalados no primeiro e
no segundo andar. No terceiro andar ficam outros dois espaços e os locais são
amplamente criticados. “Uma pessoa de muleta não chega no meu gabinete”,
critica o vereador Celso Cieslak (PRTB).
Gabinetes no ‘subsolo’
causaram briga na 1ª sessão
A falta de acessibilidade e de “condições de trabalho” nos dois
gabinetes do subsolo chegou a gerar uma confusão na sessão preparatória
realizada no Legislativo. Sabendo das condições do local, alguns vereadores
tentaram ‘manobrar’ para não ficar com os dois gabinetes – os dois locais
acabaram sendo sorteados para receber os parlamentares Celso Cielask (PRTB) e
Paulo Balancin (PTN). Mainardes afirmou que buscará medidas para diminuir os
transtornos causados pela falta de “acessibilidade” nos dois gabinetes.