Política
Piso salarial dos professores preocupa prefeitos do Paraná
Valores que terão que ser pagos aos professores(as) preocupam prefeitos do Paraná
Afonso Verner | 20 de janeiro de 2017 - 06:40
Valores que terão que ser pagos aos professores(as) preocupam prefeitos do Paraná
Levantamento feito pelo consultor em Educação da AMP
(Associação dos Municípios do Paraná), Jacir Machado, aponta que, entre 2009 e
2017, o piso dos professores registrou aumento de 30,4 pontos percentuais acima
da correção do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica). Neste período, o crescimento do piso foi de 142%; o do
Fundeb, 111,6%.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica é a fonte de receita utilizada pelas prefeituras para o
pagamento do piso do magistério. O valor subiu de R$ 950,00 em 2009 para R$
2.298,80 em 2017, pago para profissionais com formação em nível médio para uma
jornada de 40 horas semanais). Já o Fundeb do Paraná passou de R$ 3,785 bilhões
em 2009 para R$ 8,010 bilhões em 2017.
Mais receita do
Fundeb
Outro problema é o percentual de comprometimento de receita
do Fundeb para o pagamento do piso. De acordo com a Lei nº 11.494/2007, no
mínimo de 60% dos recursos do Fundo devem ser destinados para a remuneração dos
profissionais do magistério em efetivo exercício na rede pública.
Mas este percentual aumenta a cada ano. Em 2010, 79,4% do
Fundo (R$ 1,451 bilhões, no caso do Paraná) eram usados para o pagamento do
piso. No ano passado, este número aumentou para 90,63% (R$ 3,359 bilhões).
Mesmo reconhecendo a importância de valorizar os professores, a diferença de
aumento entre o piso e o Fundeb preocupa os prefeitos. "Precisamos achar
uma solução que valorize o magistério sem comprometer as finanças dos
municípios”, disse o presidente da AMP, Ricardo Ortina.