Atendimento na UPA deve ser normalizado amanhã em PG

Prefeitura realizou parte do pagamento da dívida mantida com o instituto que gerencia o atendimento no local

Os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Santa Paula deverão retomar o atendimento ao público nessa quarta-feira (07). O corpo clínico da Unidade iniciou um greve nessa terça-feira (06) por conta da falta de pagamentos de salários. As atividades foram retomadas após a Prefeitura quitar parte da dívida mantida com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), órgão que gerencia a escala médica na UPA.

De acordo com Fagner Lopes, assessor de imprensa do Instituto, a Prefeitura realizou parte do pagamento da dívida que mantém com o INDSH – o débito com a entidade é estimado em R$ 3 milhões. Durante essa terça-feira, os médicos da UPA atenderam apenas casos de urgência e emergência – todas as outras situações clínicas foram encaminhadas para outras unidades de saúde do município.

Sobre os custos da UPA, a Prefeitura informou, via assessoria de imprensa, que o valor é de R$ 1.150 milhão mensal para a operação da Unidade, entre repasse federal e municipal. “Embora os atrasos do Governo Federal venham sendo regularizados, ainda existe e chega a mais de R$ 1 milhão, o que dificulta o pagamento”, afirmou também em nota. Durante o período que a União não arcou com a parcela, o município pagou sozinho pelo funcionamento.

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com os médicos que estavam com os salários atrasados, mas não recebeu retorno. Ainda em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a UPA é uma unidade destinada ao atendimento de Urgência e Emergência, “o qual não haverá paralisação” e os casos que não se enquadrarem neste perfil seriam triados e encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde haverá o atendimento normalmente.

Atrasos na UPA são frequentes

Essa é a terceira vez que os médicos que trabalham na UPA do Santa Paula cogitam greve, no entanto, foi a primeira vez que o corpo clínico da Unidade tomou medidas para restringir o atendimento, efetivamente. O atraso na quitação de salários também provocou reações dos médicos que atuam no Pronto Socorro Municipal em julho desse ano. O secretário de Gestão Financeira do município, Odaílton de Souza, admite que a Prefeitura tem, atualmente, “demandas reprimidas” em termos de pagamentos.