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Odebrecht assina acordo de leniência

Marcelo e Emílio Odebrecht assinaram documentos nessa quinta-feira (01)

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Marcelo e Emílio Odebrecht assinaram documentos nessa quinta-feira (01)

O empresário Emílio Odebrecht e seu filho, Marcelo Odebrecht, assinaram acordo de delação premiada e o acordo de leniência da empresa. Emílio assinou o acordo na Procuradoria Geral da República (PGR) em Brasília, enquanto Marcelo assinou em Curitiba, onde está preso desde junho de 2015. Considera a maior empreiteira do país, a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 8,6 bilhões a título de indenização por ter se envolvido em atos de corrupção e divulgou uma nota na qual admite o erro, pede desculpas e diz que está comprometido a "virar a página".

Marcelo Odebrecht, terceira geração da família a conduzir o grupo, fundado por seu avô, Norberto Odebrecht, deverá permanecer preso até o fim de 2017, totalizando dois anos e meio de prisão. A partir de então, cumprirá prisão domiciliar, regime semiaberto e aberto. No total, serão 10 anos de pena acordada. Um dos alvos principais da Lava-Jato, por sua proximidade com o governo durante a gestão do PT, a empresa informou que a partir de agora vai combater e não vai tolerar qualquer forma de corrupção, incluindo extorsão e suborno.

O envolvimento no maior escândalo de corrupção do país, iniciado com as investigações em torno da Petrobras, criou dificuldades para o caixa da empresa. Em comunicado divulgado nesta quinta, a Odebrecht informou que vai vender mais R$ 7 bilhões em ativos até meados de 2017 para reestruturar suas dívidas. Até agora já foram vendidos R$ 5 bilhões em ativos do grupo.

Ao final do período, a empresa terá cumprido o plano de reestruturação, que é o de se desfazer de R$ 12 bilhões em ativos para garantir liquidez financeira. O aporte financeiro na empresa alcança R$ 4 bilhões e a capitalização inclui ainda integralização de ativos de energia renovável (R$ 2 bilhões). Ao se desfazer dos negócios, o grupo reduz sua dívida inicial de R$ 76 bilhões, pois as empresas vendidas levam junto suas próprias dívidas.

A reestruturação inclui também negócios no exterior. Em junho passado, a Odebrecht Latinvest vendeu o controle acionário da concessão rodoviária Rutas de Lima, no Peru, trasnsferindo 57% do negócio para a Brookfield. A Odebrecht Latinvest passou a ter 25% das ações do consórcio e a Sigma permaneceu com 18%. Vendeu também 100% da Concessionaria Trasvase Olmos (CTO) e H2Olmos S.A., concessões vinculadas ao Projeto Olmos de irrigação no Peru,

Empresa era referência em obras públicas

Desde 2015 a Odebrecht Engenharia & Construção conquistou importantes contratos para execução de obras como a Rodovia 836, na Flórida (EUA), a Linha 2 do Metrô da Cidade do Panamá, a primeira linha metroviária de Quito (Equador), a reurbanização da cidade de Colón (também no Panamá), a Linha de Transmissão de Energia Laúca e a Base Naval, ambas em Angola. “Estamos passando por um processo de revisão da forma de nos organizar, de conceitos, de políticas e diretrizes”, diz Newton de Souza, diretor-presidente da Odebrecht S.A.

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