Política
Rangel tenta ser o 2º prefeito reeleito da história de PG
Cinco candidatos disputam o pleito com visões diferentes sobre os desafios da cidade. Marcelo Rangel (PPS) tenta ser o segundo prefeito reeleito após a redemocratização
Afonso Verner | 01 de outubro de 2016 - 06:55
Cinco candidatos disputam o pleito com visões diferentes sobre os
desafios da cidade. Marcelo Rangel (PPS) tenta ser o segundo prefeito reeleito
após a redemocratização
Os moradores de Ponta Grossa tiveram, durante os últimos 45
dias, a oportunidade de conhecer as propostas de cinco grupos políticos para os
principais problemas da cidade. A disputa pelo comando da Prefeitura em 2016
envolve cinco coligações e pode se estender até o segundo turno, de acordo com
a pesquisa encomendada pelo portal aRede e publicada em conjunto com o JM durante
essa semana.
O atual prefeito Marcelo Rangel (PPS) lidera a coligação ‘Ponta
Grossa no rumo certo’ e busca a reeleição para o cargo acompanhado de 12
partidos – em 2012, Rangel se elegeu em uma coligação com 10 legendas. Esse ano
a vice na chapa de Rangel é Professora Elizabeth Schmidt (PSB), ex-secretária municipal
de Administração, Recursos Humanos, Cultura e Turismo – a aposta de Rangel é
contar com a experiência obtida no comando do Poder Executivo para conquistar a
reeleição.
Desde a redemocratização em 1988 apenas Pedro Wosgrau (PSDB)
conquistou a reeleição ao cargo, ao comandar a cidade entre 1989-1992 e
retornar ao poder em 2005, conquistando a reeleição em 2008. Nesse interim,
Paulo Cunha Nascimento foi prefeito entre 1992 a 1996, sendo substituído por
Jocelito Canto que continuou no cargo até 2000. Na eleição de 1999, Jocelito
perdeu a eleição e quem conquistou o pleito foi Péricles de Mello, também
derrotado na tentativa de reeleição em 2004.
Para ser o segundo prefeito, desde a redemocratização, a ter
mais de um mandato em Ponta Grossa, Rangel (PPS) adotou o discurso do avanço,
mesmo em meio à crise política e institucional instaurada no país. Durante o
período do Horário de Propaganda Gratuita (HGPE), Rangel levou para o Rádio e
TV as obras realizadas durante a administração e impulsionou o discurso sobre
os avanços na educação. O atual prefeito conta com o apoio do governador Beto
Richa (PSDB) e de lideranças políticas como Plauto Miró (DEM), Ratinho Jr. (PSC)
e Sandro Alex (PSD).
O principal opositor de Marcelo é Aliel Machado (REDE),
deputado federal que disputou três eleições nos últimos oito anos, faturando
duas dela. Em 2008, Aliel conquistou uma votação expressiva e ficou perto de se
eleger vereador. Quatro anos depois, o jovem que começou no movimento
estudantil se elegeu pelo Partido Comunista do Brasil com mais de 3,5 mil votos
e em 2014 conquistou a maior votação da história para o cargo de deputado
federal em Ponta Grossa.
Em 2016, Aliel lidera a coligação ‘Cidade forte e para todos’,
grupo formado por sete partidos. Com o segundo maior tempo no Rádio e na TV,
Aliel tentou vencer a rejeição provocada pelo voto no processo de impeachment e
apresentou Elizeu Chociai (PTN) como candidato a vice-prefeito – a coligação de
Centro Esquerda conta com o apoio de figuras importantes do cenário político
municipal, como o deputado estadual Péricles de Mello (PT).
No período do HGPE, Aliel apresentou no Rádio e na TV a
trajetória política como presidente do Legislativo Municipal e atuação para
conter gastos na Câmara. Além disso, o deputado federal levou ao eleitor informações
sobre a curta atuação em Brasília e tentou, acima de tudo, aparecer humanizado
diante do eleitor – a campanha do candidato apresentou o Aliel pai responsável
e filho admirado para tentar quebrar a barreira junto ao eleitor.
Küller tenta se
fortalecer enquanto liderança
Julio Küller (PMB) é o candidato da Terceira Via e comanda a
coligação ‘Somos todos Ponta Grossa’, grupo formado por oito partidos.
Ex-secretário de Assistência Social da administração de Rangel e antigo aliado
do prefeito, Küller tenta se fortalecer como uma liderança independente e nessa
empreitada conta com o apoio de nomes como Marcio Pauliki (PDT), George de
Oliveira (PMN) e Marcos Zampieri (SD). No cargo de vice, Küller traz Dirlei
Cordeiro (PSDC), político experiente nos bastidores e que volta a disputar um
cargo público após 20 anos.
Gadini e Leandro
lideram coligações
Professor Gadini (PSOL) e Leandro Soares são os outros dois
integrantes da disputa. Gadini lidera a coligação ‘Unidade Popular’, formada
pelo PCdoB e pelo PSOL e tem como vice o também professor, Felipe Soares – a
proposta de Gadini é entender a política enquanto “serviço comunitário”. Já
Leandro Soares comanda a coligação de chapa pura do Partido Pátria Livre (PPL)
e tem como vice, Adriane Lopes, também do PPL.