Política
Prefeituras buscam maneiras de ampliar arrecadação
Gestores se reunirão em Ponta Grossa para tratar do uso da tecnologia na otimização da gestão e melhorias nos serviços públicos
| 23 de junho de 2016 - 06:50
Gestores se reunirão
em Ponta Grossa para tratar do uso da tecnologia na otimização da gestão e
melhorias nos serviços públicos
Sem pesar no bolso do contribuinte com o aumento de
impostos, diversos municípios estão encontrando na tecnologia formas de
conseguir recursos extras em tempos de recessão econômica. É o caso das
localidades que adotaram o SAJ Procuradorias, solução que acelera os trâmites
dos processos judiciais relativos à cobrança das dívidas ativas dos
contribuintes. O uso do software será discutido pelos prefeitos integrantes da
Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG).
A ferramenta será uma das iniciativas abordadas no II Fórum
de Cidades Digitais dos Campos Gerais, que será realizado dia 7 de julho, em
Ponta Grossa, pela Rede Cidade Digital (RCD) em parceria com a Prefeitura do
município e com a própria a AMCG. De acordo com o diretor da RCD, José Marinho,
o objetivo é reunir prefeitos, gestores e vereadores da região para facilitar o
planejamento e investimentos nas Tecnologias da Informação e Comunicação
voltadas ao desenvolvimento socioeconômico das localidades.
Na visão de Marinho, é importante debater medidas que tem
auxiliado os municípios em diversas áreas. “A ideia do fórum é proporcionar
essa interação e destacar as iniciativas em andamento nos municípios que estão
melhorando diversos setores como finanças, educação, saúde, segurança, entre
outros”, explicou o diretor da RCD.
Com o SAJ Procuradorias, a Prefeitura de Florianópolis, por
exemplo, aumentou a arrecadação em 300% e reduziu o tempo de ajuizamento dos
processos em 97%. Com a tramitação web, o prazo caiu de 276 dias (nos processos
físicos) para 58 horas (nos processos eletrônicos). Com isso foram arrecadados R$
6 milhões oriundos das dívidas ativas municipais relativas à IPTU, IPTI, ISS,
multas e outras taxas municipais.
O executivo da Softplan, Alexandre Vedovelli, explica que o
sistema faz com que o município deixe de beneficiar maus pagadores. “A maioria
dos próprios municípios não sabe quanto tem para receber. Acaba ficando uma
dívida que ninguém cobra. Normalmente, sem o sistema, as cidades conseguem
receber de 3 a 5%. Já com a integração com o Tribunal de Justiça, essa
porcentagem passa dos 30% e representa um valor significativo para os
municípios que estão enfrentando esse período de recessão”, observa.
AMCG prepara documento
com diagnóstico financeiro
Na última segunda-feira (20), os prefeitos da AMCG se
reuniram para discutir a situação financeira das prefeituras. Os gestores
debateram medidas para enfrentar a queda recorrente na arrecadação e também
decidiram confeccionar um documento com o diagnóstico financeiro de cada uma
das prefeituras. A expectativa é que o dossiê levante dados exatos sobre atrasos
nos repasses feitos pelos governos estadual e federal.