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Dois problemas com os pais

Dois problemas com os pais

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O pai desolado

 Anthony de Mello conta a história do rabino Abraão, que vivera uma vida exemplar. Quando morreu, foi direto para o Paraíso, e os anjos deram-lhe boas-vindas com cânticos de louvor.

Mesmo assim, Abraão permanecia distante e aflito, mantendo a cabeça entre as mãos, e recusando-se a ser consolado. Finalmente, foi levado diante do Todo-Poderoso, e escutou uma voz, com infinita ternura, perguntar-lhe:

            - Meu adorado servo, que amargura carregas em teu peito?

            - Sou indigno das homenagens que estou recebendo – respondeu o rabino.

            - Embora eu fosse considerado um exemplo para o meu povo, devo ter feito algo de muito errado. Meu único filho, a quem dediquei o melhor de meus ensinamentos, tornou-se cristão!

            - Não se preocupe com isso – disse a voz do Todo-Poderoso. – Eu também tive um único Filho, e ele fez a mesma coisa!

A mãe desolada

Conta Roberto Shiniashky que uma mãe judia tentou educar seu filho da maneira mais tradicional possível. O rapaz, porém, tinha uma personalidade forte, e fazia apenas aquilo que o coração lhe indicava.

Quando morreu, assim como o rabino Abraão da história acima, ela foi direto para o céu - já que tinha sido um exemplo de dedicação na Terra. Ali chegando, contou às outras mães sua agonia com o filho – e descobriu que nenhuma delas estava satisfeita com os caminhos que seus descendentes haviam seguido.

Depois de dias de conversa – onde lamentavam não terem sido fortes o suficiente para controlar a família – o grupo viu Nossa Senhora passando.

            - Aquela ali conseguiu educar seu filho! – disse uma das mães.

Imediatamente, todas se dirigiram até Nossa Senhora, e elogiaram a carreira de Jesus.

            - Ele foi um sábio – disseram. – Cumpriu tudo que tinha lhe sido destinado, andou no caminho da verdade, não se desviou um só minuto, e até hoje é motivo de orgulho para sua família!

            - Vocês têm toda razão – respondeu Nossa Senhora.

             - Mas, para falar a verdade, meu sonho era que ele fosse médico...

A reflexão

O piloto Antoine Saint-Exupery (1900-1944), um dos maiores escritores franceses deste século, tornou-se mundialmente conhecido com seu “O Pequeno Príncipe”. Aqui, um trecho de “Vento, Areia, Estrelas”:

“É difícil descrever o que se passa em minha alma. Olho para o céu vejo milhares de estrelas soltas pelo universo, enquanto eu permaneço preso a estas areias”.

“Mas, embora meu corpo esteja aqui, um pouco de mim é capaz de viajar por este céu, e levar-me a mundos desconhecidos. Então, vejo que meus sonhos são tão reais e concretos como estas dunas, esta lua, estas coisas que me cercam”.

“Meus sonhos permitem que eu crie e habite num reino mais poderoso que este império francês”. Eles vão me ajudar a construir o futuro, uma casa – porque a beleza das casas não reside no fato de que são feitas para abrigarem homens, mas na maneira em que são concebidas.

No dia em que eu construir minha casa, quero que ela consiga dizer algo. Que ela seja um sinal, um símbolo. Deixarei que a casa de meus sonhos surja do meu interior, como a água surge da fonte, ou a lua do horizonte”.

Sant-Éxupery jamais realizou este sonho; o avião que pilotava desapareceu, cruzando o Mediterrâneo, durante a II Guerra Mundial.

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