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Rodovias da região escoam produção agrícola recorde

Estradas dos Campos Gerais são utilizadas para exportação da ‘supersafra’ do estado e da produção agrícola da região Centro-Oeste.

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Estradas dos Campos Gerais são utilizadas para exportação da ‘supersafra’ do estado e da produção agrícola da região Centro-Oeste.

O Paraná prevê uma safra de grãos recorde para 2017. A expectativa do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria do Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB) é de que a produção de soja, milho e feijão ultrapasse a marca de 24,5 milhões de toneladas. O inverno moderado, sem grandes geadas e condições que interfiram na produção agrícola, deve fazer com que a safra total de 2017 feche na casa de 42 milhões de toneladas.

Em nível nacional, as previsões também são favoráveis. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já trabalha com o aumento de 25% da safra atual em relação ao ano passado, com a expectativa de colher 230 milhões de toneladas de grãos.

Para escoar a chamada ‘supersafra’, os produtores agrícolas apostam no bom funcionamento da rodovia e, acima de tudo, das boas condições dos trechos localizados na região dos Campos Gerais. As BRs 376 e 277, além da PR 151 e da PRC 373, concentram boa parte dos veículos de carga responsáveis pelo escoamento de grãos produzidos não só no Paraná, mas também nos estados da região Centro-Oeste. Grande quantidade dos produtos agrícolas destas regiões seguem até o Porto de Paranaguá para exportação, rumo aos principais centros consumidores de todo o mundo, e precisam passar pelas estradas da região para chegar ao destino.

Um exemplo da importância do setor na exportação paranaense é a soja, responsável por quase 25% dos envios internacionais do Paraná. A exportação do grão cresceu 20% no primeiro trimestres de 2017 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com números da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic). O volume representa quase US$ 1 bilhão em exportações.

Em Ponta Grossa, o complexo soja - que inclui o grão em si e seus derivados, como óleo, tortas e outros resíduos resultantes do seu beneficiamento, mantém a liderança entre os produtos enviados ao exterior, com uma participação de 77,6% do total, movimentando R$ 2,55 bilhões (dos R$ 3,29 bilhões totais) entre janeiro e agosto. Os dados foram divulgados pelo Mdic durante a última semana.

Ao todo, 56% da produção de grãos do Paraná é encaminhada para exportação pelas rodovias do estado. Seguindo a mesma linha, a maior parte da produção agrícola da Região Sul e de estados produtores do Centro-Oeste (principalmente Goiás e Mato Grosso do Sul) escoa pela malha rodoviária paranaense em direção ao Porto de Paranaguá. Cerca de 80% da soja embarcada em Paranaguá chega por vias rodoviárias.

Cerca de 80% da soja embarcada em Paranaguá chega por vias rodoviárias. Somente nos Campos Gerais, a concessionária CCR RodoNorte, que administra algumas rodovias da região, estima que 17 mil veículos de transporte passem pelos trechos diariamente - a maioria deles seguindo para o Porto de Paranaguá.

Agronegócio é responsável por 30% do PIB do PR

O setor agrícola tem mostrado que é o mais competitivo da economia brasileira, principalmente em meio à maior crise da história do país. O agronegócio é responsável, atualmente por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, mantendo a expansão na contramão de indicadores que representam número assustadores de recessão. Em nível nacional, a participação no PIB passou de 21,5% em 2015 para 23% no ano passado, com previsão para crescer outros 2% até o final de 2017, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Especialistas veem a explicação do sucesso do agronegócio nos investimentos feitos pelo próprio setor em modernização e na capacidade de dar uma resposta rápida aos estímulos do mercado internacional. Mesmo em meio à crise, a tendência é que o setor mantenha o crescimento com um cenário internacional favorável em 2017.

Investimentos dão apoio ao transporte da supersafra

Duplicação de estradas e aumento da produtividade do Porto de Paranaguá estão facilitando o escoamento da supersafra colhida no Estado. “Com esta grande safra, também estamos colhendo os resultados dos importantes investimentos feitos na infraestrutura de transporte e logística do Estado nos últimos anos”, disse o governador Beto Richa. “Nossa esperança é de que a atual safra, além de reduzir os preços dos alimentos, que já estão em queda, impulsione a retomada do crescimento econômico de que o país tanto precisa, depois de quase três anos de recessão”, acrescentou.

Atualmente 80% da soja que chega a Paranaguá é transportada por rodovias. "O agronegócio é um dos pilares da economia paranaense, por isso nossa tarefa é tão importante. Precisamos fazer com que a nossa produção chegue até o Porto e estamos fazendo isso. Rodovias fundamentais para o escoamento da safra estão sendo duplicadas, pavimentadas e reformadas", disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

Foram duplicados mais de 85 quilômetros no Anel de Integração, com destaque para 32 quilômetros entre Floresta e Peabiru, na PR-317, 14 quilômetros entre Nova Esperança e Mandaguaçu e 10 quilômetros entre Nova Esperança e Paranavaí (ambos trechos na BR-376). Outra importante obra é a duplicação da BR-376, conhecida como Rodovia do Café, que desde 2015 teve 25 km concluídos e liberados ao tráfego nos segmentos Ponta Grossa-Tibagi e Apucarana-Califórnia. O trecho recebe atualmente sete frentes de obras de duplicação entre Apucarana e Ponta Grossa, que além das pistas duplas incluem a construção de obras de artes e de trevos e acessos. A construção é realizada pela concessionária CCR RodoNorte, responsável pelo trecho da rodovia.

Produtores confiam no escoamento da safra

As obras de infraestrutura realizadas pelo Governo do Paraná e por empresas privadas contribuíram para o recorde alcançado no mês de julho no chamado ‘Corredor de Exportação’ do Porto de Paranaguá, que aumentou 129% em comparação ao mesmo período do ano passado. A afirmação é do diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.

“O resultado é fruto dos investimentos pesados feitos nos últimos anos, aliados à alta produção do Paraná em 2017.”, explicou o diretor-presidente. Nos últimos sete anos, o Porto de Paranaguá recebeu R$ 620 milhões em investimentos destinados à modernização e ampliação da sua estrutura terrestre e marítima. “Como resultado, ampliamos a potencialidade do porto, dando condições de escoamento adequadas para a agricultura do Paraná e do Brasil”, acrescentou Dividino.

Os investimentos em rodovias - principalmente na BR-376 e BR-277 - também impactaram no segmento. Eles garantiram a diminuição dos custos dos produtores com o transporte, impactando no aumento da safra.

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