Editorial
Estímulo ao consumo
Da Redação | 21 de março de 2019 - 02:31
É fato que o ano começou com indicadores positivos para o
comércio varejista de Ponta Grossa, com janeiro registrando alta superior a 5%
nas vendas, na comparação com o mesmo período de 2018. Este número pode crescer
desde que o governo Bolsonaro efetivamente adote medidas de estímulo ao
consumo. Já são quase três meses de governo e de prático, até o momento, nada
ocorreu. Baratear o crédito é a principal estratégia.
No começo de 2018, na intenção de reaquecer a economia, o
governo federal anunciou a liberação de saque no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) para a quitação de dívidas e a redução das taxas de juros nas
transações com cartão de crédito. Essas duas ações de estímulos ao consumo contribuíram,
sobretudo, com a retomada do desenvolvimento dos setores de comércio e
serviços. A sociedade quer saber quais são os planos do atual governo para
aquecer o consumo.
Reportagem do Jornal da Manhã mostra que no mês de janeiro
as vendas cresceram 5,02% em Ponta Grossa, na comparação com o mesmo mês em
2018. A média paranaense foi ainda um pouco melhor, com um crescimento de
8,01%. Na comparação com as outras cidades, Ponta Grossa ficou em uma posição
intermediária. Os melhores desempenhos foram de Londrina, com aumento de
15,01%, e a região Oeste, onde o incremento foi de 13,27%.
Depois, junto com Ponta Grossa, no mesmo patamar de 5%,
aparecem Maringá (5,58%) e Curitiba e Região Metropolitana (5%). Somente o
Sudoeste teve baixa nas vendas, de 17,69%, puxada pela expressiva queda nas
concessionárias de veículos, de 41,29%.
O governo de Bolsonaro atua, por enquanto, na estrada do
discurso. Na cerimônia de transmissão de cargo na última semana, novo
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou que se empenhará
para que o Banco Central cumpra as duas principais missões: manter o poder de
compra da moeda por meio de inflação baixa e a solidez do sistema financeiro.