Editorial
Construção civil pede ajuda
Da Redação | 27 de fevereiro de 2019 - 01:53
O setor da construção civil de Ponta Grossa aguarda a adoção
de medidas do Governo Federal para impulsionar o programa Minha Casa Minha Vida.
Há duas semanas, representantes da Associação Paranaense de Construtores (APC),
estiveram em Brasília para um encontro com o ministro do Desenvolvimento
Regional, Gustavo Canuto. O objetivo da reunião foi apresentar a situação
delicada que passa o setor no estado.
A situação á bastante delicada. A contratação para a produção de novas unidades no programa Minha Casa Minha Vida está ameaçada pelo corte de 10% na proposta de orçamento de 2019. O orçamento, aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, prevê R$ 4,6 bilhões para o programa, 10% a menos do que o sugerido em 2018. É possível ainda que, assim como ocorreu em 2018, neste ano nem todo o orçamento previsto seja efetivamente destinado ao programa.
O Paraná foi um dos estados que mais foi afetado pela falta
de recurso do programa que se estende desde outubro de 2018. O que foi liberado
até agora foi insuficiente para atender a demanda de contratos represados. Se o
recurso continuar mensalizado, como está hoje, o problema pode se arrastar
ainda por meses. A paralisação de obras acarreta na perda de empregos, no
atraso da entrega de imóveis já construídos e até no recolhimento de impostos. Atualmente,
em Ponta Grossa e cidades próximas, mais de 1,2 mil imóveis já negociados
aguardam a liberação de recursos para assinatura do contrato.
Uma estimativa feita pela APC mostra que na região dos
Campos Gerais a construção civil movimenta mais de R$ 340
milhões de reais gerando em torno de 16.800 empregos diretos e indiretos
(pedreiros, ajudantes, marceneiros, lojas de material de construção entre
outros). O setor gera, só na nossa região, mais de R$ 18 milhões em tributos
entre ITBI, INSS, ISS e imposto sobre a venda.