A concessão e seus objetivos

Nesta discussão sobre quem fará a licitação das concessões de rodovias que formam o Anel de Integração, no Paraná, as lideranças empresariais e políticas de Ponta Grossa e dos Campos Gerais devem ficar atentas sobre obras necessárias ao desenvolvimento da região e os benefícios que essa modalidade trará aos municípios. Atualmente, o dinheiro do pedágio garante um reforço significativo aos caixas das prefeituras, permitindo a realização de diferentes tipos de obras.

Ontem, o governador Carlos Massa Ratinho Junior confirmou que o governo federal licitará as concessões de rodovias que formam o Anel de Integração, inclusive os trechos estaduais. Esses contratos expiram em 2021. Ele afirmou que essa decisão é mais acertada e viável para agilizar o processo e que a União concordou com as exigências feitas pelo Estado.

Neste cenário, o governo federal deu anuência para três exigências feitas pelo Paraná para que o processo tenha sequência: redução de pelo menos 50% no valor atual das tarifas de pedágio; execução de obras de modernização das estradas, como as duplicações que não foram feitas; e implantação de contornos rodoviários, principalmente nas maiores cidades cortadas pelo Anel de Integração.

A exigência da construção de contornos rodoviários é uma informação que interessa diretamente a Ponta Grossa. O projeto do Arco Norte, para retirar o tráfego de veículos pesados dos perímetros urbanos das BR-373 e 376 e da PR-151, está engavetado. O momento é oportuno para retomar este debate, como forma de sensibilizar a União a destravá-lo. Este traçado também oportunizará um novo eixo de desenvolvimento no Município, abrindo muitos empregos e gerando rendas.

Foi montado um comitê de trabalho formado por representantes do Estado e do governo federal para tratar das concessões paranaenses. A este grupo, até por uma questão de transparência, devem ser incluídos representantes de diferentes segmentos da sociedade, em especial do setor produtivo.