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Cadê os protestos?

Não tem que haver torcida para um lado ou para o outro. Torcida, inclusive, é coisa de futebol. E como já foi dito, política não é futebol

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Por mais que nos últimos anos os ânimos tenham se acirrado, é importante frisar: política não é futebol. E política se discute, sim. Tem que ser discutida, aliás. É parte da democracia. Não tem que haver torcida para um lado ou para o outro. Torcida, inclusive, é coisa de futebol. E como já foi dito, política não é futebol.

Já víamos isso quando outros presidentes estavam no poder. Quem ‘torcia contra’ aproveitava toda oportunidade para criticar e apontar as falhas, enquanto quem defendia fechava os olhos para os erros, ou então apenas se calava. Nas últimas eleições, no entanto, o clamor nas urnas era de “mudança”, era de “algo novo”, de “mudar isso que está aí”. Por isso, é curioso vermos em apenas 17 dias algumas questões que colocam em dúvida todo o discurso de “fim da corrupção” do novo governo. A suspensão da investigação contra Fabrício Queiroz, filho do senador eleito Flávio Bolsonaro, acatada pelo ministro Luiz Fux, do STF, chega como uma punhalada em quem acreditava que a corrupção estava perto do fim.

Pode-se argumentar de que todos são inocentes até que se prove o contrário. Justamente por isso, a investigação é fundamental: se não há crime, o inquérito vai deixar isso claro. Quando tenta-se barrar a apuração dos fatos, no entanto, a sensação é de que há algo a se esconder. Bastou a publicação da notícia para que os anti-Bolsonaro tomassem as redes sociais para cobrar, principalmente dos eleitores do presidente, explicações e posicionamentos sobre a decisão do STF. Quem defende o capitão do Exército, ou se cala, ou critica a ‘torcida contra’.

Vale ressaltar, o mesmo já acontecia nos governos petistas, com tanta ou maior indignação/defesa/cegueira. É preciso entender que a torcida deve ser para uma sociedade melhor, e não para o político A ou B. Se está errado, tem que cobrar. Tem que exigir explicações. Tem que fazer valer o voto. Não dá para torcer contra ou a favor. Política não é futebol.

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