Editorial
Desafio a ser superado
Da Redação | 05 de janeiro de 2019 - 02:57
Encerrar as atividades do Aterro do Botuquara é o principal desafio
do governo municipal. E esta situação incômoda, para Ponta Grossa, tem muito a
ver com a omissão de gestões passadas que não se preocuparam em resolver uma
questão ambiental por mero comodismo. O Município corre contra o tempo em busca
de uma solução.
O Botuquara funciona irregularmente há aproximadamente cinco
décadas. Neste período a cidade expandiu e a população aumentou. Também cresceu
a quantidade de lixo. Em dezembro do ano
passado, a Prefeitura requereu junto à 1ª Vara da Fazenda Pública uma dilatação
do prazo para encerramento das atividades do aterro, previsto inicialmente para
31 de dezembro. O Executivo ainda aguarda posicionamento do judiciário sobre o
tema. Enquanto isso, a coleta é mantida.
Na semana passada, a Prefeitura decidiu ampliar o prazo para
recebimento inicial do credenciamento de empresas para tratamento de resíduos. Fechar
este local não se trata apenas uma necessidade urgente. É, também, uma
obrigação do poder público. O aterro, além dos graves prejuízos que traz ao
meio ambiente, à saúde e à qualidade de vida da população, está proibido.
Não é apenas Ponta Grossa que enfrenta este tipo de
problema. Levantamento do Instituto Ambiental do Paraná, realizado há dois,
mostra a realidade dos aterros sanitários, aterros controlados e lixões em
todos os municípios paranaenses e reforça importância de ações para erradicar
áreas inadequadas para disposição de resíduos.
O levantamento mostra que 185 municípios (46,4%) dispõem
seus resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários devidamente licenciados e
93 (23,3%), em áreas de lixão. Os outros 121 municípios (30,3%) usam os
chamados aterros controlados, que possuem o mínimo de controle ambiental, como
isolamento, acesso restrito, cobertura dos resíduos com terra e controle de
entrada de resíduos.
É preciso avançar nesta questão. O aterro do Botuquara depõe
contra a imagem de Ponta Grossa.