Rodovias pressionam PG

Deve-se louvar a iniciativa capitaneada pela Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (Acipg), pela qual cobra-se da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ações necessárias à redução de acidentes nos perímetros urbanos da BR-376 (Avenida Presidente Kennedy) e BR-373 (Avenida Souza Naves). Há, sim, um estrangulamento rodoviário.

Mas, para a redução no número de acidentes nesses dois trechos urbanos é necessário muito mais que reforço de fiscalização, além de ações de planejamento estratégico. A solução é a construção do Arco Norte – um projeto amplamente discutido em Ponta Grossa (é também bandeira do JM e do portal aRede), para retirar os caminhões desses dois segmentos que cortam importantes regiões com alta densidade populacional.

As estradas proporcionaram desenvolvimento e trouxeram riquezas a Ponta Grossa. O entroncamento rodoviário é extraordinário. Ocorre que o crescimento horizontal da cidade se deu de forma acelerada nas duas últimas décadas e importantes rodovias que ‘contornavam’ o Município, estão, atualmente, dentro do perímetro urbano.

Os acidentes e as tragédias serão reduzidos com investimentos. Em abril de 2015, uma comitiva com representantes dos Campos Gerais viajou até Brasília para pressionar o Governo Federal. Em reunião com o ministro do Transporte, o grupo debateu a inclusão da obra no terceiro lote do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC). Na época, as lideranças lembraram que com o valor de R$ 500 mil a obra só seria possível com a inclusão no PAC ou com a renovação contratual com a concessionária de pedágios.

As lideranças políticas e empresariais da cidade devem, sim, aguardar janeiro e de forma articulada e unida, cobrar do Governo Federal e do próprio Estado, o desengavetamento do Arco Norte. Essa estrada, além de retirar o tráfego pesado das duas avenidas, reduzindo riscos de acidentes e preservando vidas, criaria um novo eixo de desenvolvimento em Ponta Grossa, proporcionando centenas de emprego aos ponta-grossenses.