Editorial
PG e o gargalo logístico
Da Redação | 06 de novembro de 2018 - 01:09
O número de acidentes nos perímetros urbanos das BR-373 e
376 (Avenida Souza Naves e Presidente Kennedy respectivamente) pode até reduzir
com investimentos em obras de infraestrutura, mas a melhor solução para
aumentar a segurança nestes trechos é a construção do Arco Norte. Instalação de
lombadas eletrônicas, colocação de redutores de velocidade e construção de
passarelas são importantes. No entanto, é preciso retirar o tráfego de veículos
pesados desses dois perímetros urbanos.
O município de Ponta Grossa possui um dos maiores gargalos
logísticos do Sul do Brasil. Concentrando um grande entroncamento rodoviário,
por onde cruzam as estradas PR-151 e BR-376, além de ser o ponto de partida de
estradas como BR-373, PR-513 e PR-438, passam pelo perímetro urbano do
município aproximadamente 44 mil veículos todos os dias, sendo 17 mil caminhões
diariamente circulando em todos os sentidos.
Com a projeção de crescimento do fluxo para 22 mil caminhões
por dia em 2020, a construção de um Contorno pela cidade é apontado como uma
necessidade. Toda a movimentação de cargas que passa o Paraná acaba cruzando
Ponta Grossa. Só que chega um momento em que, se não organizar, vai trazer
prejuízos para a cidade.
A proposta da construção do ‘Arco Norte’ prevê 46
quilômetros de rodovia, na qual a velocidade máxima prevista é de estrada
federal (110 km/h para carros e 90 km/h para caminhões), aumentando a fluidez
do transito e agilizando o transporte.
O Arco Norte vai desviar todo o fluxo de carga pesada, para
sair das áreas urbanas, reduzindo o número de acidentes e contribuindo na
redução de poluentes, além de evitar engarrafamentos e aumentar a flexibilidade
das empresas. A maior fluidez e ganho de tempo trazem maior competitividade
organizacional.
A Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (Acipg)
demonstra interesse em encontrar uma solução ao questionar a Rodonorte
(concessionária) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre medidas que poderão
ser adotadas para a redução dos acidentes. Mas, a entidade tem que considerar a
importância da proposta de construção do Arco Norte até como forma de criar um
novo eixo de desenvolvimento no Município.