Editorial
Todos contra a fake news
Da Redação | 05 de outubro de 2018 - 01:39
Com a transição das campanhas eleitorais para a campanha virtual, autorizada pela Lei 13.488/2017, muitos ataques com o propósito de desconstruir informações têm sido compartilhados na internet. Essas fake news também são usadas para aplicar golpes, espalhar vírus, espalhar dúvidas infundadas sobre doenças, influenciar opiniões e até manipular o cenário político.
O termo é usado para se referir as notícias falsas ou imprecisas,
que na maioria das vezes, são divulgadas pela internet, de maneira extremamente
rápida e eficiente. É muito comum receber fake news em mensagens
no whatssap, no feed de notícias do facebook ou twitter.
Na era da informação digital, a preocupação com as fake news,
ou notícias falsas, cresce na mesma velocidade da tecnologia. Do domínio nas
redes sociais à preocupação com a interferência nas eleições de 2018, o impacto
na opinião pública é inegável. À medida em que o desenvolvimento avança, fica
mais difícil controlar o problema, dado o surgimento de robôs cada vez mais
inteligentes, que chegam mais longe em menos tempo.
Especialistas salientam que a responsabilidade penal e civil
para quem cria e dissemina notícias falsas já existe, mas é necessário
identificar essa pessoa ou a organização que patrocina esse tipo de coisa. Quando
a divulgação de notícias falsas tem como alvo uma pessoa em específico, a
conduta já é prevista no Código Penal como crime de calúnia, difamação ou
injúria e também é possível que haja a responsabilização civil do ofensor a
pagar indenização por danos morais, dependendo do caso.
Contudo, tem situações que não são individualizadas e acaba
atingindo o direito de informação da população em receber notícias verdadeiras.
Esses casos são mais difíceis de serem avaliados.
Atualmente, a Justiça condena quem curte ou compartilha um
conteúdo indevido na internet. Isto ocorre, pois os Tribunais passaram a
entender que, o conteúdo compartilhado ou curtido, faz parte de sua opinião.
Portanto, só compartilhe ou curta o que você concorda, lembrando que poderá ser
responsabilizado por tal iniciativa e também, por exemplo, pela divulgação de
uma fake news.