Paraná contra a corrupção

A assinatura do decreto criando a Divisão de Combate à Corrupção coloca, novamente, o Paraná em lugar de destaque no cenário nacional. O Estado avança de maneira significativa em propostas e mecanismos para inibir ações delituosas dentro da estrutura administrativa. Essa medida ganha muito mais importância à visão da sociedade quando percebe-se que o Brasil está sendo passado a limpo, indiciando, processando e levando à prisão os autores de grandes roubos contra os cofres públicos.

Formada pelas polícias civil e militar – incluindo a polícia ambiental e rodoviária - pela Receita Estadual e Controladoria do Estado, a nova divisão passa a englobar o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) e coordenará as ações de combate a corrupção. A nova divisão terá atuação transversal, com ações de repressão mais eficientes.

Este grupo especializado precisará, e muito, do apoio da sociedade. O trabalho conjunto é muito mais produtivo e os resultados são bem mais expressivos. Atos lesivos à administração pública não podem ficar impunes e nessa cruzada a participação do cidadão é imprescindível.

O que antes era uma prioridade, agora vira política do Governo do Estado. É fato que com um trabalho conjunto e articulado, avança-se no combate a toda espécie de desvios, ilícitos e irregulares, no âmbito da administração pública e privada.

Ontem, enquanto a governadora Cida Borguetti detalhava o decreto de combate ao crime dentro da estrutura administrativa, a 51ª fase da Operação Lava Jato revelou um caso em que, infelizmente, houve o ciclo completo da corrupção. Mediante a promessa e o efetivo pagamento de mais de R$ 200 milhões de propina em favor de diversos agentes públicos, operadores financeiros e representantes de partidos políticos, a construtora Odebrecht foi ilicitamente beneficiada antes e durante a execução de um contrato de mais de R$ 3 bilhões com a Petrobras.