Editorial
Números preocupantes
Da Redação | 18 de janeiro de 2018 - 03:58
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou menos mortes
nas estradas federais da região de Ponta Grossa, em 2017, mas o número de
acidentes cresceu. Isso significa que os motoristas continuam desatentos e
invariavelmente preferem desobedecer às regras de trânsito simplesmente por um
motivo: chegar antes ao destino. Aliada à alta velocidade, está a ingestão de
bebidas alcoólicas.
Os números confirmam essa tese da irresponsabilidade e
imprudência. As principais causas de acidentes, no passado, foram a falta de
atenção (33,5%), excesso de velocidade (19,5%) e ingestão de álcool (11%). Por conta
disso, o número de acidentes teve um aumento de 3,9% (1.224 acidentes em 2017)
e o de feridos em 5,7% (1.149 pessoas feridas em 2017).
A PRF cita que as principais causas de acidentes com óbito
na região foram as colisões frontais (22%), atropelamentos de pessoa (16,7%) e
saídas de pista (12,1%). Esses três tipos de acidentes foram responsáveis por
mais de 50% das mortes na área da delegacia de Ponta Grossa.
No Paraná, pelo terceiro ano consecutivo a mortalidade em
rodovias federais se manteve abaixo do patamar de 700 óbitos. Em todos os cinco
anos anteriores a este período, de 2010 a 2014, os resultados sempre foram
superiores a essa marca, com um pico de 855 mortes em 2012. Desde 2010, o ano
menos violento foi o de 2015, quando 583 mortes foram registradas.
As 613 mortes atestadas pela PRF no ano passado significam
uma morte a cada período de 14 horas, aproximadamente. O total de perdas
humanas supera o de quatro aviões lotados, considerando modelos usados em voos
comerciais como o Airbus A319 (capacidade para 132 passageiros) ou o Boeing
737-700 (138 passageiros).
A PRF e outros organismos de segurança podem até reforçar o
policiamento e intensificar campanhas educativas, mas depende exclusivamente do
condutor a redução no número de acidentes nas rodovias. É preciso dirigir com
consciência e responsabilidade.