Editorial
Contrato com a Sanepar
Da Redação | 14 de novembro de 2017 - 03:07
De um jeito ou de outro, as duas questões chaves com a Sanepar – proposta de renovação de contrato e parcelamento da dívida da Prefeitura, com a empresa – devem ser discutidas com responsabilidade pela Câmara de Vereadores. É importante também que as principais entidades do Município se envolvam nesta discussão e priorizem o que ‘for melhor para a população e para a cidade’.
A assinatura de um novo contrato foi anunciada pelo prefeito Marcelo Rangel (PPS) e prevê um aporte de R$ 1 bilhão por parte da Companhia pelos próximos 30 anos, prazo proposto no novo vínculo. Mas, essa proposta ainda precisa ser analisada e aprovada pelo Legislativo. Porém, segundo o presidente da Casa de Leis, Sebastião Mainardes (DEM), o novo contrato pode não chegar a ser apreciado pelo plenário ainda esse ano.
O que deve ‘complicar’ o debate no plenário e nas comissões internas da Casa de Leis é que, além do novo contrato por três décadas, a negociação entre Prefeitura e Sanepar também prevê a regularização de uma dívida de R$ 33 milhões do município com a Companhia. O projeto de lei enviado à Câmara prevê que esse débito seja pago em 120 parcelas fixas de R$ 367 mil.
A Prefeitura defende que ‘será extremamente vantajoso para o Município resolver este problema crônico e ainda receber este alto investimento’. Sustenta, ainda, que em 2008, um parcelamento de dívidas anteriores foi realizado, mas não foi quitado integralmente, e que este novo contrato permitirá deixar em dia as dívidas com a Sanepar, que além do desconto, ainda será realizado com parcelas fixas.
Sebastião Mainardes, presidente da Casa, também defende cautela no debate sobre o tema. Segundo afirma, ‘os vereadores precisam analisar a situação com calma, ver se o contrato é de fato positivo para o Município.