Editorial
Segurança é um direito de todos
Da Redação | 02 de novembro de 2017 - 02:05
A realização de um Fórum para discutir a criminalidade, em Ponta Grossa, mostra a maturidade da sociedade. Isso é fato. O debate e a exposição de opiniões permitem um avanço nas discussões de um tema tão delicado. Espera-se, porém, que essa mobilização da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), da Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa, Câmara dos Dirigentes Lojistas de Ponta Grossa, Sindimercados de Ponta Grossa e região e Conselho Comunitário de Segurança de Ponta Grossa (Conseg-PG), atinja seus objetivos.
Este Fórum aconteceu um dia depois do ataque perpetuado por criminosos no interior de um shopping, em Ponta Grossa, com o resultado de três pessoas feridas. Pela dimensão e violência do evento, o número de feridos foi bem pequeno. No entanto, a sociedade tem dificuldades em aceitar um crime de alta gravidade, ocorrido no interior de um espaço comercial. O roubo de malotes com a troca de tiros evidencia a necessidade de se ampliar o sistema de segurança pública, moldando as polícias Civil e Militar com mais equipamentos e aparelhos.
Algumas questões debatidas no Fórum chamam a atenção. Uma delas é que região de Ponta Grossa tem um dos menores índices de violência e criminalidade do Paraná. Ocorre que, para a população, os assaltos e homicídios ocorrem em alta escala. Os comerciantes são roubados todos os dias. Casas são arrombadas. Os assassinatos e outros crimes graves ocorrem com frequência.
No encontro, o juiz criminal Antônio Acir Hrycyna concordou que existe a necessidade da canalização de políticas públicas para conter a criminalidade. Apontou que a crise carcerária é gerada por falta de estrutura. A penitenciária em Ponta Grossa conta atualmente com cerca de 850 presos em uma cadeia que deveria ser para 300. De acordo com o juiz, é necessário o adiantamento da progressão de benefícios para abrir vaga para outros criminosos que estão na rua.
É preciso saber o que o Estado vai fazer!