Editorial
Um desafio a ser superado
Da Redação | 01 de novembro de 2017 - 01:04
A eliminação do aterro controlado do Botuquara deve ser o maior desafio de Ponta Grossa. Muitas tentativas ocorreram nas últimas décadas, inúmeros projetos foram colocados em discussão, promessas ganharam a cena principalmente na época de campanhas eleitorais, mas, de prático e efetivo, nada ocorreu.
Enquanto inúmeros municípios constroem sua história
ambiental de forma consciente e objetiva, investindo em coleta seletiva e ações
concretas de destinação correta dos resíduos domiciliar, Ponta Grossa insiste,
até o momento, em readequar o cenário comprometido do Botuquara com puxadinhos
em suas já exauridas células. Especialistas afirmam que o problema maior não
está na localização porque podemos contar com o resultado dos estudos que
apontam técnicas a serem empregadas na construção de aterros sanitários.
Para registro, o aterro do Botuquara tem uma vasta área, a
mais antiga, onde o solo está completamente desprotegido, possibilitando que o
chorume percole para o lençol freático que abastece os mananciais e que compõem
a bacia hidrográfica da região. Esse fato é o mais grave do ponto de vista ambiental
e, para saná-lo, o poder público precisará deslocar a massa ali depositada para
outro local com manta impermeável.
Todos são responsáveis pelo problema do lixo e por isso o
aterro do Botuquara é uma questão que diz respeito a toda a sociedade. Qualquer
que seja a solução técnica encontrada para a destinação do lixo, pensando a
longo prazo, a educação ambiental certamente é a melhor opção para que as
gerações futuras tenham cada vez mais consciência em relação às questões de
consumo, separação e destinação adequada dos resíduos
Hoje, a 1ª Vara da Fazenda Pública da Justiça em Ponta
Grossa promove uma audiência de conciliação entre a Prefeitura Municipal, o
Ministério Público (MP) e o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) sobre
a escolha de um novo aterro para receber o lixo da cidade.