Os desafios de um título

Ser campeão brasileiro tem bônus e ônus. O Operário Ferroviário, com mais de 100 anos de história, conquistou a Série D nesse domingo, em Ponta Grossa, diante de um público superior a 8 mil pessoas. A festa foi impecável. A torcida protagonizou uma grande festa e demonstrou um comportamento exemplar dentro e fora de campo. A cidade foi exaustivamente mostrada para o Brasil, de forma positiva.

Em 16 jogos durante a competição, o Fantasma obteve 11 vitórias, um empate e quatro derrotas. O alvinegro superou o XV de Piracicaba (SP), o São Paulo (RS) e o Brusque (SC), que também se classificou para a segunda fase. Nos mata-mata, o Fantasma deixou para trás a Desportiva Ferroviária (ES) na segunda fase, o Espírito Santo (ES) nas oitavas de final, o Maranhão (MA) nas quartas de final, o Atlético (AC) na semifinal e o Globo (RN) na grande final.

O Operário é campeão nacional e nem todos os times conseguem essa façanha. O alvinegro não era favorito, mas teve organização administrativa, planejamento e muito futebol para chegar ao ápice da competição. O Fantasma precisou se reconstruir e sentiu o amargo gosto de não conseguir voltar à Série A do Paranaense, em 2018.

Quem é campeão precisa manter-se neste interessante e competitivo círculo de times fortes. Neste aspecto, obriga o Grupo Gestor a construir uma equipe muito mais forte para as disputas do ano que vem: tem a Divisão de Acesso e a Série C. É possível, sim, o time voltar à divisão principal do Paranaense e habilitar-se a uma das quatro vagas para a Série B de 2019.

A conquista do título mostrou também que este é o momento de concentrar esforços para a ampliação do Estádio Germano Kruger ou, ainda, para a construção de uma nova arena. Um novo estádio não é utopia. Ponta Grossa tem potencial para isso. É preciso haver uma articulação neste sentido.