Soluções para estacionamentos

São 193 mil veículos circulando no sistema viário de Ponta Grossa. O número, apesar de expressivo, ainda está longe de chamar a atenção das autoridades responsáveis pelo planejamento viário. É um erro estratégico. O aumento anual da frota circulante requer investimentos pesados, no atual momento, para garantir a mobilidade no futuro. 

Ponta Grossa se depara com um problema que tira o motorista do sério: a falta de vagas, em vias públicas, para estacionamento. É preciso rodar muito e ter bastante paciência para encontrar um espaço. Na região central e nas principais vias dos bairros comerciais, nem mesmo a existência do Estacionamento Regulamentado (Estar), garante a vaga.

Desde 2014, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMT) adota a retirada das faixas de estacionamentos como forma de melhorar a fluidez do tráfego de veículos. Por conta da retirada dessas faixas, o desrespeito à legislação acontece de forma mais acentuada. É que os donos de veículos os deixam estacionados sobre as calçadas, atrapalhando os pedestres, e obrigando-os a andar pelo leito da rua.

Para o comércio, a retirada do estacionamento pode representar prejuízos. Os lojistas argumentam que perdem vendas e os negócios reduzem. No ponto de vista das autoridades de trânsito, ruas sem faixas de estacionamentos melhoram a trafegabilidade e evitam congestionamentos.

Ponta Grossa precisa avançar neste quesito e adotar medidas que deram certo em outros municípios. Em Santos (SP), por exemplo, para ampliar a oferta de vagas de estacionamentos sem agravar ainda mais a mobilidade, o município vai estimular a construção de prédios verticais de garagem pela iniciativa privada, principalmente em áreas onde há maior fluxo de veículos e menos vagas para parar. Com o aumento da oferta, espera-se também reduzir o preço dos estacionamentos.