População inquieta

Ponta Grossa viveu uma sexta-feira atípica, com a população inquieta, em razão do surgimento de áudios supostamente produzidos por criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), com ameaças de retaliação à cidade, em vingança à morte de um rapaz, na última quinta-feira, durante confronto com a Polícia Militar.

Neste cenário, é importante destacar o posicionamento firme do comando do 1º Batalhão da Polícia Militar, que garantiu o reforço do policiamento nas ruas de Ponta Grossa e intensificação de blitze em locais estratégicos. Também pediu calma à população e confiança à PM. Nenhuma outra autoridade do setor de segurança se manifestou. Este foi um ponto negativo.

Os áudios são verdadeiros. Podem até terem sido produzidos por pessoas oportunistas para criar pânico à população e desestabilizar o sistema de segurança. No entanto, o Primeiro Comando da Capital existe, é atuante e comanda vários agregados no Paraná. O Estado não está imune.

No confronto ocorrido na última quinta-feira, teve como particularidade e apreensão de um caderno com a contabilidade do tráfico e nomes e apelidos de diferentes pessoas que teriam ligação com a organização criminosa. O rapaz morto seria um desses integrantes. 

O certo é que a estrutura de segurança pública de Ponta Grossa precisa ser melhorada. Os efetivos policiais da PM e da Civil são reduzidos. A população está inquieta com o recrudescimento da violência. Assaltos acontecem diariamente. Os moradores da região central não estão imunes e a população dos bairros reclama na demora do atendimento.

O arrastão ocorrido na noite da última terça-feira, num tradicional bar de Ponta Grossa, é sinal claro do aumento da violência e que os bandidos estão cada vez mais ousadas. A segurança pública precisa de reestruturação. São necessários mais policiais e viaturas nas ruas. 

Fica um alerta às representatividades políticas para manifestação. A população quer saber o que pode ser feito.