Hospital Evangélico de PG suplanta a crise

Depois de enfrentar graves crises em 2015 e suspender o atendimento neste ano, o Hospital Evangélico deve reabrir as portas em 2017, se posicionando como referência, novamente, para a população de Ponta Grossa e dos Campos Gerais, estimada em mais de 1 milhão de habitantes. 

O Evangélico tem uma história em Ponta Grossa e consta com uma vasta prestação de serviços. O fechamento, há quatro meses, sobrecarregou o sistema, em especial o Hospital Universitário que, às pressas, inaugurou uma maternidade.

A informação da reabertura ganha importância quando se verifica o resultado de Conselho Federal de Medicina (CFM) junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, sobre a realidade do setor hospitalar em todo o Brasil.

Os números são preocupantes. Quase 24 mil leitos de internação, aqueles destinados a pacientes que precisam permanecer num hospital por mais de 24h horas – foram desativados na rede pública de saúde desde dezembro de 2010. Naquele mês, o país dispunha de 335,5 mil deles para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS). Em dezembro de 2015, o número baixou para 312 mil – uma queda de 13 leitos por dia. 

O levantamento mostra, em números, a falta de leitos vivida diariamente por médicos e pacientes nos hospitais brasileiros, o que acaba provocando atrasos no diagnóstico e no início do tratamento, aumentando a taxa de mortalidade. A insuficiência de leitos para internação ou realização de cirurgias é um dos fatores para o aumento do tempo de permanência nas emergências. São doentes que acabam ‘internados’ nas emergências à espera do devido encaminhamento para um leito adequado, correndo riscos de morte evitável ou perda de uma chance.

Para qualquer cidade o fechamento de um hospital significa um retrocesso, quando não um desastre para toda a população.