Dinheiro
Construção civil movimenta R$ 340 mi na região
Representativo setor da economia gera quase 17 mil vagas de empregos nos Campos Gerais, segundo a APC
Fernando Rogala | 22 de fevereiro de 2019 - 03:29
Representativo setor da economia gera quase 17 mil vagas de empregos nos Campos Gerais, segundo estimativa da APC
Um dos setores da economia mais representativos na região dos Campos Gerais, a construção civil movimenta mais de R$ 340 milhões por ano, gerando em torno de 16,8 mil empregos diretos e indiretos (o que inclui pedreiros, ajudantes, marceneiros, lojas de material de construção entre outros). Os números são uma estimativa da Associação Paranaense de Construtores (APC), cujos representantes estiveram em Brasília, na última quarta-feira (20), em reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, para pedir empenho do governo na liberação de recursos para o programa Minha Casa Minha Vida.
“Em um levantamento que apresentamos ao ministro demonstramos que o setor gera, só na nossa região, mais de R$ 18 milhões em tributos entre ITBI, INSS, ISS e imposto sobre a venda”, apontou Fabiano Gravena Carlin, diretor de Relações Institucionais da APC. Ao apresentar a relevância desses números, o presidente da APC, Gabriel Stallbaum, destacou que o Paraná foi um dos estados que mais foi afetado pela falta de recurso do programa que se estende desde outubro de 2018, revelando a situação delicada porque passa o setor. “O que foi liberado até agora foi insuficiente para atender a demanda de contratos represados. Se o recurso continuar mensalizado, como está hoje, o problema pode se arrastar ainda por meses”, explicou.
A reunião foi marcada por intermédio do senador Álvaro Dias, representado no encontro por seu chefe de Gabinete, Paulo Kepler e do assessor Rafael Milani. Houve o compromisso de que o setor seja atendido. “Tivemos um apoio importante do gabinete do senador. O ministro recebeu nossas demandas e comunicou que já solicitou ao Ministério da Economia uma antecipação de orçamento para que tenha uma liberação maior para os contratos. Vamos aguardar agora a decisão do Paulo Guedes e torcer para que a situação se resolva. Se não, continuaremos na luta”, afirmou Carlin.
Mais de mil negócios estão travados
Gabriel Stallbaum ainda apontou que a paralisação de obras acarreta na perda de empregos, no atraso da entrega de imóveis já construídos e até no recolhimento de impostos. “Muitas famílias dependem da liberação dos financiamentos para poderem comprar suas casas e sair do aluguel”, destacou o presidente da APC. Atualmente, em Ponta Grossa e cidades próximas, mais de 1,2 mil imóveis já negociados aguardam a liberação de recursos para assinatura do contrato.