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Oséias Gomes dá lições de gestão empresarial em livro

Empresário concedeu entrevista ao vivo na tarde desta sexta-feira
Empresário concedeu entrevista ao vivo na tarde desta sexta-feira -

Fundador da Odonto Excellence detalha crescimento empresarial e revela conteúdo livro, onde conta os segredos de uma boa gestão e desmistifica pontos de vista de executivos

De uma humilde infância na zona rural dos Campos Gerais a um dos empresários mais bem sucedidos da região, fundador de uma franquia com mais de 650 unidades espalhadas pelo Brasil e exterior. Essa é a história de Oséias Gomes, 46, que há 30 anos tem na gestão sua principal característica profissional. Com base nessa história pessoal, reuniu o seu conhecimento acumulado nas últimas décadas, especialmente desde 2009, quando fundou a Odonto Excellence, para criar o livro “Gestão Fácil”, que já está em pré-venda na Amazon e estará nas livrarias de todo o Brasil no dia 5 de março. A obra, publicada pela Editora Gente, será lançada oficialmente em Ponta Grossa no dia 12 de março, na Livrarias Curitiba, onde haverá uma sessão de autógrafos. O empresário detalhou sua carreira e seu livro em entrevista ao Portal aRede, na tarde desta sexta-feira:

Jornal da Manhã: Oséias, diante de sua infância humilde. como foi a caminhada para se tornar um dos empresários de maior sucesso de Ponta Grossa?

Oséias Gomes: Sou daqui da região, de Carambeí. Me criei numa fazenda chamada Fazenda Esteio. Fiquei ali desde os seis anos de idade, onde eu trabalhava na roça, na lavoura. E aos 15 anos fui embora para Telêmaco Borba, para estudar um pouco mais. Trabalhei como empacotador em supermercado, trabalhei de lavador de carros em um posto de gasolina, e entrei no Banco Bamerindus em 89. Trabalhei como contínuo e cheguei até a área gerencial do banco. Depois disso, saí do banco e comecei a prestar consultoria para algumas empresas. Mas estou na área de gestão desde os 17 anos de idade, então fazem 30 anos que me dedico a ser servo da área de gestão.

JM: De sua carreira no banco até o momento empresário, como que nasceu a franquia Odonto Excellence?

OG: Uma franquia não nasce escrita; você tem que ser o dono de um case de sucesso. Vejo as pessoas, que não tem nada experimentado, dizem ‘vou montar uma franquia’. Você precisa que ter um case de sucesso, bem experimentado, com facilidades de gestão, que é o tema do meu livro, porque se sobrevive de royalties, que é uma parcela pequena. Comecei a trabalhar com clínicas, fazendo consultorias, em 2002. E fui montando clinicas em sociedades com amigos, e percebi que fui criando um case de sucesso em gestão - que era a minha formação. E no dia 7 de fevereiro de 2009 lancei como franquia. Foi um grande sucesso e tem sido.

JM: Quando criou a franquia, há 10 anos, imaginou que um dia chegaria a 650 unidades, presente em cinco países?

OG: Não. Porque existem dois modelos de franquias apenas. Ou ela é de produto ou é de serviço. Quando ela é de produto, é baseada em duplicação. Quando é de serviço, é baseada em multiplicação. É diferente. Multiplicação se fala muito em base de trabalho, de uma cultura empresarial. Se você não tiver formatação correta, você cresce até determinado ponto e para. Então, hoje, acredito que como franquia da área de serviço, devemos ser a maior do Brasil. 

JM: Qual é a média de crescimento da Odonto Excellence e qual a perspectiva para os próximos anos?

OG: Eu procuro trabalhar muito o dia a dia da empresa. Quando estava escrevendo o livro, eu estava inaugurando uma unidade a cada 72 horas, e estou preparado para chegar ao final deste ano para inaugurar uma unidade a cada 30 horas. E quero entrar 2020 inaugurando uma unidade por dia. 

O sucesso, o faturamento, é o troféu que vou levantar. Uma frase que o Bernardinho [técnico de vôlei] usa muito: “O desejo de se preparar tem que ser maior que o de vencer”. Vencer é a preocupação com o faturamento e o lucro. Mas não, eu prefiro cuidar do meio. Se cuidar bem o meio, se preparando, o vencer vai acontecer naturalmente. Muitas pessoas começam a empreender pensando na vitória, pensando na receita final. Não. Isso vai acontecer se fizer o meio bem feito.

JM: E como surgiu a ideia do livro? Foi um processo muito burocrático até chegar a ser publicado?

OG: Você chegar na Editora Gente, que é a maior do Brasil hoje da área de negócio, onde está o Paulo Vieira, Roberto Shinyashiki, então não é fácil. Eles recebem, por mês, 1,2 mil livros para serem analisados e eles têm lá 10 escritores apenas. E eu fui um dos agraciados a estar com eles. Estou lançando o livro ‘Gestão Fácil’, e somos hoje, na Amazon, a nível mundial, o número 60 mais vendido. E aqui no Brasil somos o segundo mais vendido do segmento, sem dizer que competimos com os livros religiosos. E na internet, como e-book, somos hoje o mais vendido de todos. Estou grato de isso estar acontecido; as pessoas estão recebendo muito bem o Gestão Fácil.

JM: Quanto tem do case de sucesso da Odonto Excellence nesse livro?

OG: O livro é 100% da minha mente. A Odonto Excellence tem princípios de gestão, que quem encabeça toda a genialidade da empresa sou eu. Obviamente uma coisa está muito ligada a outra: o que implantei em gestão dentro da minha empresa e o que estou ensinando no livro. Isso me dá muita credibilidade, porque não estou dizendo ‘faça o que eu falo’, mas estou dizendo ‘faça o que eu faço’. 

JM: Qual é o público-alvo dessa produção?

OG: O público-alvo é uma pessoa que tem um sonho e um desejo de se tornar um empresário, de alguém que já é um empresário ou microempresário, mas tem o desejo da exponencialidade, do crescimento, ou até mesmo empresários já maiores que dizem assim: ‘Eu não acredito no sucesso se eu não trabalhar 15 horas por dia’. Eu venho desmistificando isso. Não é o tanto que você trabalha que te dá resultado. É da maneira inteligente que você trabalha nos dias de hoje que você cria a genialidade e as coisas novas para o mercado. 

JM: Quanto tempo levou para o livro ser criado?

OG: Para ser criado foram 30 anos. Mas para colocar no papel foram um ano e três meses. Fazem 30 anos que estou me preparando para servir as pessoas com meu conhecimento e ajudá-las; quero fazer com que empresários tenham um caminho mais curto de erros, para ter seu próprio sucesso, para ter vida próspera, mas não deixa que a prosperidade tome espaço da vida, que é a coisa mais linda que temos. Tem pessoa que perde a vida, que não tem espaço para a família, não tem espaço para a qualidade de vida. No passado, as pessoas se apegam muito a isso, dizendo que “o boi só encorada com o olho do dono”. Não. O boi hoje engorda fora do olho do dono. Engorda com sabedoria, inteligência. 

Precisamos, como empresários, fazer com que a tecnologia seja usada como venda de serviço. É eu não precisar trabalhar. O que você levava uma semana para fazer uma planilha, hoje você com um clique vai chegar lá. Tem empresas com tecnologias maravilhosas, mas quando vem na área de gestão se torna difícil, pesado, e isso acaba roubado a energia que o empresário tem que usar com genialidade, com mente descansada. Eu não acredito que grandes ideias vão surgir de dentro de uma sala de onde o calor de discussões está muito elevado. Não acho que vai surgir da mente do empresário quando está em um transito caótico. Não. É quando a mente dele estará descansada, realmente, e eu venho mostrando isso que é possível sim. 

JM: E como é o seu processo produtivo dentro da empresa?

OG: Eu sou sincero em dizer. Se fosse me deter à área burocrática da minha empresa eu ficaria quase sem trabalhar. Porque preparei a empresa para isso. Eu me dedico muito sim à genialidade da empresa, à exponencilidade, ao crescimento e às coisas novas. Vivemos hoje em um tempo em que o novo fica velho muito rápido. Então o empresário tem que se desvencilhar dessas coisas da empresa, criar pessoas competentes para fazer, preparar as pessoas. Porque não basta apenas ensinar um colaborador. Fora isso, precisa fazer com que se conecte à empresa e acredite naquilo que está fazendo. 

Vou fazer uma analogia aos empresários, ela não é muito verdadeira, mas dá para refletir: “Você não tem que ser funcionário da sua empresa. Seja o dono dela”. Então pense por ela, mas não seja escravo, não fique o tempo todo. O funcionário chega e você está ali há duas horas. O funcionário vai embora e você continua lá. Pra que isso? Algo está errado. O desejo pela prosperidade está tomando lugar da coisa mais linda que é a vida. Você não pode fazer uma caminhada a tarde com seus filhos; você sai de férias mas a preocupação está lá. É só comprar o livro e vai entender que é possível sim. 

JM: Esse processo criativo é estimulado de que forma?

OG: Na minha empresa eu tenho um espaço que chama-se ‘oficina da leitura’, que faço com que meus colaboradores cresçam através do conhecimento e possam me ajudar em um ‘kaizen’, que é aquilo que o Eiji Toyoda fez, que é a melhoria contínua daquilo que já existe. E temos o VPR, que é a criação de processos novos, criar algo novo na empresa. Meu colaborador não tem medo de pensar pela empresa. 

JM: Ao manter suas raízes, a vivência com a natureza representa o quê para você?

OG: O meu hobby é estar conectado com a natureza. Inclusive, das inteligências que existem, foram incluídas mais duas, a religiosa e naturalista. Porque percebe-se que o ser humano está esquecendo a natureza, apenas pegado celular e tecnologias. Mas não; temos nossas raízes com a natureza e eu me dou muito bem com a natureza. Vou para minha chácara e tenho meus bichos exóticos, animais de estimação, eu amo o cheiro das plantas, a vida tranquila. Isso é um refrigério pra mim. Eu me sinto muito mais empresário lá do que na minha sala dentro da empresa. Porque de lá sai cada ideia maravilhosa, revolucionei tantas coisas da minha vida com a mente descansada, ouvindo o cantar dos pássaros.

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