Dinheiro
Castro e Tibagi são destaque no PIB do agronegócio
Fernando Rogala | 22 de janeiro de 2019 - 03:49
Valor Adicionado da Agropecuária dos municípios da região estão entre os 60 maiores do Brasil
Dois municípios da região dos Campos Gerais são referência nacional no quesito produção agropecuária. Castro e Tibagi aparecem entre as 60 cidades que mais geraram riquezas no campo, segundo o último levantamento do Produto Interno Bruto (PIB), revelado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em âmbito estadual, destacam-se no topo do ranking, na segunda e quarta posições, respectivamente. Somente Castro, por exemplo, que há um ano recebeu o título de Capital Nacional do Leite, somou um Valor Adicionado Bruto da Agropecuária de R$ 548,3 milhões, que corresponde a 0,18% do VA desse segmento em âmbito nacional. Somados os Valores Adicionados da Agropecuária dos 27 municípios dos Campos Gerais, foram R$ 5,16 bilhões gerados em 2016.
Castro manteve sua 36ª posição em relação ao ano anterior, mostrando que seu crescimento, de 13,8%, não foi o suficiente para avançar posições no ranking nacional. O município com o maior VA no setor foi Sapezal, com R$ 1,4 bilhão, seguida por Sorriso, com R$ 1,36 bilhão, ambas em Mato Grosso. Do Paraná, a melhor colocada foi Cascavel, com R$ 586,6 milhões, em 32ª no ranking nacional. Já Tibagi foi a quarta do Paraná e 53ª nacional, com R$ 476,7 milhões gerados, atrás de Toledo (38ª no Brasil).
Enquanto Castro registra alto valor agregado com a produção pecuária, com o leite e a suinicultura, e suas respectivas industrializações, Tibagi tem sua base na agricultura, com destaque para a produção de soja, milho e trigo. “Ficamos felizes em ver o município entre os 50 do Brasil, em meio aos 5,5 mil municípios brasileiros, e em quarto no Paraná, atrás apenas de Cascavel, Castro e Toledo, que são municípios que acabam industrializando e tem os maiores produtores da pecuária”, aponta Rildo Leonardi, prefeito de Tibagi.
Leonardi reforçou a tecnificação dos produtores, que ampliam a produção, e os investimentos do município em infraestrutura, para contribuir para o crescimento do setor, que começa a desenvolver a pecuária. O prefeito ainda destacou aportes de cooperativas. “A Frísia inaugurou uma nova sede administrativa e investiu em uma unidade de recebimento de sementes no município e temos mantido diálogo com outras cooperativas, do Norte, que tem interesse de investir em Tibagi”, concluiu.
Valor Adicionado de Ponta Grossa cresce 23,9%
Depois de Castro e Tibagi (que subiu quatro posições no ranking em relação ao ano anterior), a melhor colocada da região é Palmeira, com R$ 332,4 milhões, próximo da 100ª colocada nacional, São Félix do Araguaia (MT), que gerou R$ 345,1 milhões em riquezas. Na sequência apareceram Prudentópolis (R$ 318,1 milhões) e São João do Triunfo (R$ 287,3 milhões). Ponta Grossa foi a sexta colocada, com VA de R$ 271,8 milhões. Entre os seis primeiros da região, os maiores crescimentos em relação a 2015 foram de Prudentópolis (24,8%) e Ponta Grossa (23,93%).