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Balança comercial tem superavit de R$ 4,5 bi na região

A Continental foi uma das empresas com maior participação nas exportações regionais
A Continental foi uma das empresas com maior participação nas exportações regionais -

Principal destaque dos Campos Gerais em 2018 foi Ortigueira, com o maior saldo da balança comercial, seguida por Telêmaco Borba 

Com a Unidade Puma da Klabin operando em 100% de sua capacidade, e Ponta Grossa reduzindo as exportações em 2018, o município de Ortigueira fechou o ano passado com o maior superavit dos Campos Gerais, entre as 17 cidades que realizaram negócios com outros países. O saldo da balança comercial de Ortigueira atingiu a cifra de US$ 461,8 milhões o que representa R$ 1,79 bilhão, se convertido com base no dólar cotado a R$ 3,876 no último dia de dezembro. O montante equivale a quase 40% do saldo regional, que atingiu US$ 1,16 bilhão (ou R$ 4,5 bilhões). Os números são do boletim “Desempenho da balança comercial dos campos gerais: ano 2018”, divulgado pelo Núcleo de Economia Regional e Política Públicas (NEREPP) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

“Diferentemente da pauta de exportação, a pauta de importação da região é muito mais concentrada, tendo em vista que apenas o município de Ponta Grossa é responsável por 82,3% do total importado pela região. Assim, apesar de Ponta Grossa ser o maior exportador da região, é o município de Ortigueira que possui o maior saldo da balança comercial”, explica Alex Sander Souza do Carmo, professor da UEPG, que assina o estudo. Quanto às exportações mencionadas por Alex Sander, que é doutor em Desenvolvimento Econômico, Ponta Grossa enviou R$ 2,59 bilhões em produtos ao exterior, enquanto que Ortigueira R$ 1,8 bilhão e Telêmaco Borba R$ 1 bilhão.

Como as importações de Ponta Grossa foram bastante altas, chegando a R$ 1,74 bilhão, o saldo da balança comercial foi reduzido, caindo 77%. Mesmo Ponta Grossa exportando mais que o dobro de Telêmaco Borba, ficou na terceira posição no saldo da balança comercial, com um superavit de R$ 850 milhões, quase R$ 1 bilhão abaixo de Ortigueira e R$ 72 milhões abaixo de Telêmaco Borba (R$ 922 milhões). Telêmaco, aliás, foi o segundo município que mais importou, atrás apenas de Ponta Grossa, com R$ 92 milhões vindos de outros países.

Se a Klabin impulsionou as exportações da região, foi justamente o seu produto, a celulose, o mais exportado da região dos Campos Gerais. E a exemplo dos anos anteriores, a China foi o país que mais comprou os produtos originários dos Campos Gerais. O estudo mostra que o país asiático, o maior do mundo, registrou R$ 1,61 bilhão em aquisições. “Como já era esperado, a China é o principal parceiro comercial dos municípios da região, absorvendo 24,3% das exportações. Os Estados Unidos e a Argentina aparecem em segundo e terceiro lugar, com participações de 12,2% e 7,7%, respectivamente”, ponderou.

Dos 19 municípios, apenas dois não exportaram, Tibagi e Imbau. Já os 17 que registraram negócios, todos exportaram, porém foram 12 os que também importaram. Entre os que não adquiriram produtos de outros países estão Ventania, Ipiranga, Reserva, São João do Triunfo e Ivaí.

Retração regional foi de 26,3% nas exportações

Entre os 17 municípios, na comparação com 2017, a maior parte ampliou o saldo da balança comercial. Houve inclusive, o caso de Ivaí, que fechou 2017 com um deficit de R$ 61,5 mil, e em 2018 teve superavit de R$ 3,2 mil. Os maiores crescimentos nominais no superavit foram de Telêmaco Borba, de R$ 194,8 milhões (de R$ 727,4 milhões para R$ 922,2 milhões) e de Ortigueira, de R$ 160,2 milhões (de R$ 1,62 bilhão para R$ 1,79 bilhão). Por outro lado, a maior queda ficou com Ponta Grossa, de R$ 2,90 bilhões (de R$ 3,75 bilhões para R$ 850,8 milhões). As exportações que mais cresceram foram de Telêmaco Borba (R$ 181,5 milhões) e Ortigueira (R$ 104,5 milhões), enquanto que as que mais caíram foram de Ponta Grossa (R$ 2,70 bilhões), Castro (R$ 52 milhões) e Palmeira (R$ 50,8 milhões). No acumulado do ano, as importações regionais caíram em 26,3% (de R$ 8,99 bi para R$ 6,62 bi), as importações cresceram 9,4% (de R$ 1,93 bi para R$ 2,12 bi) e o saldo da balança comercial retraiu 36,1% (de R$ 7,05 bi para R$ 4,50 bi).

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