Dinheiro
13º irá injetar mais de R$ 12 bi na economia do PR
Fernando Rogala | 19 de outubro de 2018 - 03:11
Valor será pago a 5 milhões de pessoas, entre trabalhadores, aposentados e pensionistas ou domésticos
Em todo o Estado do Paraná, 5,1 milhões de pessoas receberão o 13º salário neste ano. Se somado todo o valor injetado na economia, serão cerca de R$ 12,5 bilhões circulando no Estado com a ‘gratificação natalina’. Ele se refere não apenas aos pouco mais de 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada, mas também aos pensionistas e aposentados do INSS e também aos quase 100 mil empregados domésticos. A primeira parcela deve ser paga até o dia 30 de novembro, enquanto que a segunda até 20 de dezembro. As estimativas foram reveladas nesta quinta-feira (18) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Na comparação com o ano passado, houve um acréscimo nos valores pagos, já que a movimentação no ano passado foi de cerca de R$ 11 bilhões. Neste ano, os R$ 12,5 bilhões correspondem a quase 6% dos R$ 211 bilhões que serão injetados na economia nacional até o dia 20 de dezembro, e também é o equivalente a 2,9% do PIB estadual. Em relação ao número de pessoas que receberá o benefício, equivale a 6,1% do total nacional e 35% da Região Sul do Brasil.
O valor médio pago em 13º aos paranaenses é de R$ 2.247,94. A maior média é dos trabalhadores em empresas ou no setor público, cuja média é de R$ 2.874,49 com o benefício, totalizando R$ 8,95 bilhões. A menor média e menor fatia é dos empregados domésticos com carteira assinada, com média de R$ 1.256,00, somando R$ 119,32 milhões. Já os aposentados e pensionistas, seja pelo INSS ou regimes próprios do Estado ou de municípios, a média é de pouco mais de R$ 1,33 mil, a cerca de 2 milhões de beneficiários, que irão obter R$ 3,47 bilhões até o Natal.
Entre os empregados no mercado formal, com carteira assinada, a maior parcela do montante do benefício a ser distribuído caberá aos vinculados ao setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 59,3%, ou seja, 5,23 bilhões. Os empregados da indústria receberão 20,3% (R$ 1,79 bilhão) e o comércio 15,2% (R$ 1,34 bilhão); As menores fatias ficam com os que trabalham na construção civil aos quais será pago o correspondente a 3% (R$ 262,6 milhões), e aos trabalhadores da agropecuária caberão 2,2% (R$ 192 milhões).
Em termos de valores médios, a maior média será depositada trabalhadores do setor de serviços, o equivalente a R$ 3.426,78. A Indústria aparece com o segundo maior valor, equivalente a R$ 2.672,36, enquanto que os menores foram verificados entre os trabalhadores do comércio, com R$ 2.058,20 e agropecuária, com R$ 1.869,14.
Valor passará de R$ 210 bilhões em todo o Brasil
Em nível nacional, os mais de R$ 211,2 bilhões em rendimento adicional serão pagos a 84,5 milhões de beneficiados, o que corresponde a uma média de R$ 2,32 mil para cada pessoa que receberá a gratificação – incluindo os aposentados e pensionistas. Para o cálculo, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).