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Vendas industriais do PR registram alta mesmo após greve

Resultado do acumulado do ano está 5% acima do registrado no mesmo período de 2017.

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Resultado do acumulado do ano está 5% acima do registrado no mesmo período de 2017.

Apesar do crescimento mais lento do que o ideal e das turbulências políticas, a indústria do Paraná vem apresentando resultados positivos em 2018. As vendas industriais em junho cresceram +26,24% em relação a maio. No acumulado de janeiro a junho ficaram +5,29% acima do resultado do mesmo período do ano passado. E na análise do mês, as vendas industriais de junho ficaram 11,65% acima das de junho de 2017.

“Isso significa dizer que mesmo após a greve dos caminhoneiros, que teve grande impacto nas vendas de maio, a indústria mantém o ritmo de crescimento. Também é importante destacar que o que deve ser avaliado é o resultado comparativo a igual período de 2017, não só o registrado de um mês para outro, que pode sofrer interferência de fatores externos na performance do setor, como foi o caso da paralisação”, explica o economista da Fiep, Marcelo Alves.

O aumento verificado em junho é resultado da performance positiva em 14 dos 18 gêneros pesquisados. Dois dos três gêneros de maior participação relativa na indústria paranaense apresentaram aumento: 'Veículos Automotores' (+47,89%) e 'Alimentos e Bebidas' (+23,26%). Já o 'Refino de Petróleo e Produção de Álcool' (-0,57%) teve queda de vendas. “Tradicionalmente, junho caracteriza-se como período de maior dinamismo na atividade industrial paranaense. Este ano, as vendas do período sofreram com os reflexos da greve de maio”, afirma.

Dentre os gêneros que apresentaram os maiores avanços em junho destacam-se 'Móveis e Indústrias Diversas' (+57,39%); 'Celulose e Papel' (+56,10%); e 'Máquinas e Equipamentos' (+54,96%). As maiores quedas foram em Vestuário' (-9,47%); 'Couros e Calçados' (-8%); e o já citado 'Refino de Petróleo e Produção de Álcool' (-0,57%).

O resultado de janeiro a junho de 2018, em relação ao mesmo período de 2017, mostra 11 gêneros positivos e sete negativos. Os que apresentaram maiores aumentos foram 'Couros e Calçados' (+94,30%), 'Edição e Impressão' (+11,51%) e 'Refino de Petróleo e Produção de Álcool' (+9,33%). Os gêneros com maiores quedas foram 'Borracha e Plásticos' (-24,32%), 'Madeira' (-17,79%) e 'Material Eletrônico e de Comunicações' (-9,04%).

Empregos

Em relação aos empregos, em junho, houve leve queda de -0,04% e o emprego diretamente ligado à produção caiu -0,22%. Oito dos 18 gêneros pesquisados registraram resultados positivos e 10 negativos. O resultado do semestre em 2018 contra 2017 apresenta queda de -0,06%, no total, e de -2,19% no pessoal empregado na produção.

As principais altas na oferta de empregos na indústria foram em 'Produtos Químicos' (+1,54%), em função do aumento na produção; 'Máquinas e Equipamentos' (+0,53%), devido ao aumento de pedidos; e em 'Produtos de Metal' (+0,48%), que manteve estabilidade. As maiores quedas foram em 'Metalúrgica Básica' (-2,25%), em razão do desaquecimento da demanda; 'Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-1,51%), em decorrência de redução nos pedidos e 'Celulose e Papel' (-1,16%), por questão de ajustes estruturais.

Se comparados os meses de janeiro a junho de 2018 contra o mesmo período de 2017, nove gêneros foram positivos e nove negativos. Os que mais se destacaram com alta foram 'Couros e Calçados' (+21,69%), 'Veículos Automotores' (+9,07%) e 'Metalúrgica Básica' (+4,19%). Os gêneros com maiores quedas no período foram 'Madeira' (-12,99%), 'Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos' (-8,01%) e 'Borracha e Plásticos' (-4,26%).

Compra de insumos

A compra de insumos cresceu +26,58% em junho, em relação ao mês anterior, e também, +7,26% na comparação com janeiro a junho de 2017. “A compra de insumos se reflete em vendas futuras, ou seja, após a queda em maio, onde faltou matéria-prima nas indústrias por causa do bloqueio das estradas, o industrial retomou as atividades, adquirindo insumos para voltar a produzir e cumprir suas entregas aos clientes”, avalia.

Ao avaliar a origem das compras em junho, as realizadas no Paraná cresceram (+20,87%); as procedentes de outros estados do País (+34,39%); e as importações (+22,48%). A situação é similar ao do período de janeiro a junho de 2018, analisado em relação a igual período de 2017, quando os resultados são positivos para as compras no Paraná (+2,24%), para as procedentes de outros Estados do País (+6,27%) e para as procedentes do exterior (26,39%). “O aumento na compra de insumos do exterior é o que preocupa. O cenário ideal é ter cada vez menos dependência do mercado externo e conseguirmos adquirir o máximo de insumos possíveis dentro do país”, alerta.

Aumento nos custos industriais

Para os próximos meses, há dois fatores fundamentais que devem ser considerados para a retomada do crescimento da indústria. Além das incertezas do cenário eleitoral, também existe uma preocupação com o aumento de custos do setor. No ano, as atividades econômicas que mais tiveram aumentos nos custos industriais foram produtos derivados do petróleo, produtos químicos, papel e celulose, produtos de madeira e metalurgia.

A energia elétrica é um dos fatores que mais pesa nesta conta. Um levantamento da Fiep aponta que o setor industrial do Paraná gastará em média 10% do seu faturamento com custos de energia para a produção. No Paraná, o reajuste autorizado pela Aneel nas contas de luz foi de 17,55%.

Uma avaliação do índice de Preço ao Produtor (IPP), indicador que capta a variação de custos na atividade industrial no Brasil, mostrou que a alta, no acumulado do ano, já chega a 5,85%. Além disso, o aumento dos tributos federais, as taxas de câmbio com tendência a desvalorização do real frente ao dólar, e o aumento dos empréstimos mostram que o empresário levará tempo para retomar a confiança na economia e, consequentemente, a indústria ainda deve demorar para recuperar o ritmo de crescimento anterior ao período de crise.

Informações da Assessoria de Imprensa.

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