Novo contrato deve constar tarifa de pedágio 50% mais barata

Governadora Cida Borghetti afirmou durante audiência pública que novo modelo de contrato deve exigir diminuição no preço e também mais obras nas rodovias.

Ponta Grossa sediou nesta terça-feira (07) uma das audiências públicas estaduais a respeito do novo modelo de pedágio no Paraná. O evento, na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), contou com a presença da governadora Cida Borghetti (PP).

A mandatária afirmou, durante entrevista coletiva, que o novo modelo de contrato irá exigir que as tarifas do pedágio sejam ao menos 50% mais baratas que os valores atuais. Além disso, o documento deve conter ainda novas obras rodoviárias que deverão ser cumpridas por aqueles que ficarem responsáveis por administrar a rodovia após 2021.

“Sabemos da importância do pedágio e sabemos também que a população não aguenta mais o custo alto, principalmente pelo impacto que ele causa na vida dos motoristas e trabalhadores que precisam das estradas. Por isso estamos construindo um novo modelo, escutando a sociedade civil organizada, o setor produtivo e todos os outros setores para que juntos possamos escrever uma nova licitação em 2021. Para tanto, deve constar nesse documento que a tarifa do pedágio seja ao menos 50% mais barata e que mais obras sejam realizadas”, conta.

Ponta Grossa foi o terceiro município a receber o debate estadual sobre o tema – após encontro nas cidades de Cascavel e Londrina. “Nosso objetivo é escutar a sociedade civil. Após a conclusão deste trabalho, vamos disponibilizar as atas e as indicações e redigir tudo aquilo que nos foi apresentado ao longo dos encontros. Nós paranaenses é que vamos dizer o quanto queremos pagar, como funcionará e contrato e quais as obras necessárias”, explica a governadora.

Durante a reunião, líderes da sociedade organizada de Ponta Grossa apresentaram a possibilidade da construção do Arco Norte ser incluído entre as obras obrigatórias do novo modelo de concessão. O projeto busca desviar da área urbana de Ponta Grossa – principalmente da Avenida Presidente Kennedy – o tráfego de caminhões e veículos pesados que seguem do interior até a capital ou o litoral paranaense. A proposta já é antiga, mas como ela não estava prevista nos contratos de concessão, as concessionárias atuais não têm a obrigação de realizar a obra.

União deve ceder rodovias federais ao Estado

Durante o encontro, a governadora ainda afirmou que as tratativas estão avançadas para que o Paraná continue com o direito de administrar as rodovias federais que cortam o Estado. A medida é essencial para que o contrato de concessão se torne atrativo para empresas, já que boa parte das rodovias concessionadas atualmente são de responsabilidade federal, mas que estão cedidas ao Estado do Paraná até o final dos contratos atuais.