PUBLICIDADE

Agricultores iniciam colheita da soja com perspectiva de produção recorde

Embora o rendimento por hectare esteja abaixo do registrado na safra passada, área maior plantada eleva produtividade

Imagem ilustrativa da imagem Agricultores iniciam colheita da soja com perspectiva de produção recorde
-

A soja, principal cultivo da agricultura regional, começou a ser colhida em alguns municípios dos Campos Gerais. Embora ainda em pequena escala, de áreas plantadas logo no início de setembro, é o início das atividades de retirada do grão, que serão intensificadas na próxima semana. O clima, que impactou negativamente em alguns cultivos, como o feijão, não afetou de forma mais intensa a soja, já que a perspectiva de produtividade por hectare segue mantida na casa dos 3,7 mil quilos nos Campos Gerais. Já no milho, 10% da área plantada foi colhida. A estimativa é do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB). 

A área plantada de soja é a maior da história nos Campos Gerais, de 583,5 mil hectares. Por esse fato, a perspectiva é de rendimento recorde desse grão, de 2,16 milhões de toneladas nos 18 municípios que compõem a regional do Deral. O recorde deverá ser obtido mesmo com uma perspectiva de queda de 7% na produtividade por hectare em relação ao ano passado, quando foi registrada a ‘supersafra’, com um clima 100% favorável que permitiu que os agricultores colhessem 3.964 quilos por hectare. A área plantada de soja neste ano cresceu 8% ante os 538,4 mil hectares, a maioria deles de produtores que deixaram de plantar milho para escolher este grão. 

“A colheita foi iniciada em pequenas áreas, que ainda não chega a dar 1% da área total; a grande maioria começa a colheita em uma semana. Mas a soja está bonita e conseguiu se recuperar bem, foi plantada depois da seca de outubro. Em dezembro houve o medo com as chuvas, mas o que os agricultores estão passando para nós é que a soja com bom porte”, explica Vera Maria Silvestre, economista do núcleo regional do Departamento de Economia Rural, sediado em Ponta Grossa. A região é a segunda principal produtora de soja do Estado. 

A área plantada do milho caiu bastante para esta safra 2017/18, de 99,2 mil hectares para 57,2 mil hectares, ou seja, uma baixa de 42%. Ainda assim mantém o posto da regional que tem a maior área plantada entre as 19 do Deral no Estado. Essa baixa na área plantada, aliada a uma perspectiva de queda de 4% na produtividade por hectare, de 10,6 mil para 10,2 mil, fará com que a produção total desse grão seja 45% inferior nos Campos Gerais, de 1,05 milhão para 583,7 mil hectares. 

A economista do Deral afirma que esses 10% já foram colhidos nos municípios mais ao norte da regional, onde o clima é mais quente, como Tibagi, Sengés, Ventania, Arapoti, e algumas áreas em Ipiranga. “O milho sofreu no começo, mas recuperou um pouco. É claro que vai ter alguma perda, já que algumas áreas não renderam tão bem. Mas só quando tivermos 30 ou 40% colhido vamos ter ideia do quanto vai fechar a produtividade”, disse Vera. 

Feijão foi o cultivo mais afetado pelo clima instável

O feijão foi o cultivo de verão que mais sofreu com o clima chuvoso entre o final de dezembro e o mês de janeiro. Com muitos dias chuvosos e muitos milímetros acumulados, o solo encharcado impediu a colheita e fez com que o feijão brotasse ainda no pé. Essa primeira safra foi praticamente toda colhida, e a redução na produtividade chegou na casa dos 20%. “Foi triste. Teve muita perda em função das chuvas na época da colheita. Tanto que nossa produtividade por hectare caiu em torno de 20%. O esperado inicialmente era em torno de 2 mil quilos por hectare, e fechamos com 1,6 mil” esclarece Vera Maria Silvestre. A área plantada foi de 49 mil hectares.

Agora os agricultores da região estão concluindo o plantio da segunda safra de verão. “Cerca de 70% da área já está plantada. Houve uma redução na área plantada, mas vamos esperar, já que a perspectiva é, mais uma vez, em torno de 2 mil quilos por hectare”, conclui Vera. A área plantada nesta segunda safra caiu em mais de 10%, para 42,5 mil hectares. 

Clima traz poucos impactos na colheita da soja e milho

O clima, mesmo com chuvas ocasionais nos últimos dias, está permitindo que a colheita seja realizada nos municípios dos Campos Gerais. “Os agricultores estão conseguindo colher. Quando a chuva para, eles correm para colher, principalmente essa semana depois do Carnaval, com dias nublados. Enquanto não está molhado e não tem chuva pessoal, eles correm para fazer os tratos culturais”, informa a economista regional do Deral.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MAIS DE DINHEIRO

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

DESTAQUES

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MIX

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE