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Receita Federal apreende R$ 32,3 mi em contrabando

Valor é recorde na região, 26,5% maior que recorde anterior, de R$ 25,5 milhões, de 2014, e mais do que o dobro de 2016

Imagem ilustrativa da imagem Receita Federal apreende R$ 32,3 mi em contrabando
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A Receita Federal registrou, na região dos Campos Gerais, um recorde de apreensões de produtos contrabandeados em 2017. No acumulado do ano, R$ 32,39 milhões em mercadorias irregulares foram registradas pela delegacia regional da Receita em Ponta Grossa, cuja circunscrição abrange 61 municípios. É o maior valor em produtos apreendidos da história, 26,5% superior ao recorde anterior, de R$ 25,5 milhões, registrados em 2014. É mais do que o dobro dos R$ 15,7 milhões registrados no ano anterior, 2016. Desse total apreendido, mais de 90% se refere a retenção de cigarros.

Para o delegado da Receita Federal na região, Gustavo Horn, esse incremento é fruto das ações conjuntas realizadas pelas forças de segurança. “Atribuo isso ao trabalho brilhante realizado em conjunto. As Polícias Rodoviárias (Estadual e Federal) estão com um ‘know how’ muito bom na troca de informações. A Polícia Militar e a Polícia Civil também trabalharam muito bem com a retenção e identificação. Muitas informações foram trocadas com setor de inteligência da Receita e isso colaborou bastante com o resultado” assegura. A maior parte das apreensões foram feitas em rodovias que cortam a região.

Dos R$ 30,15 milhões em produtos destinados para a destruição (em Foz do Iguaçu, onde há um local específico para a destruição com os menores danos possíveis à natureza), R$ 29,6 milhões foram em cigarros – os R$ 510 mil restantes foram em produtos pirateados ou que trazem riscos à população, como agrotóxicos. Em números, foram 5,92 milhões de carteiras de cigarro apreendidas, o que corresponde a 118,5 milhões de cigarros. Caso colocados em fila, em direção para a Europa, seria possível fazer uma ponte entre Ponta Grossa e Londres (Inglaterra), e ainda sobrar mais de 100 quilômetros de cigarro, do total de 10 mil quilômetros.

Embora esses cigarros tenham sido apreendidos nas estradas da região, a maior parte deles, informa Horn, não tinha como destino Ponta Grossa ou outras cidades do entorno, mas sim Curitiba e São Paulo – a região fica numa posição logística estratégica neste trajeto ao Mercosul. “A peculiaridade nesses últimos anos é a migração do muambeiro de mercadoria para cigarreiro. Quem era detido com mercadorias passou a ser detido com cigarro”, observa. Ele lembra que mais do que questões fiscais, essas apreensões impactam a um bem maior. “A questão de saúde é muito maior. Um cigarro a R$ 6 inibe o jovem sem emprego a fumar. Mas se facilitar a venda, com produto mais barato, é mais fácil de começar um vício, prejudicando o sucesso financeiro e a saúde. Então traz um custo para toda a sociedade”, alerta o delegado, acrescentando que os produtos fabricados no Paraguai não têm controle sanitário nenhum.

Mais de R$ 1,8 mi em produtos foram destinados na região

Depois dos cigarros, os produtos com maior valor agregado apreendidos são os veículos que faziam o transporte das mercadorias irregulares, que são retidos. Na terceira colocação aparecem eletrônicos. Estes últimos são doados, ou para órgãos públicos ou para entidades sociais. Em 2017 foram destinados R$ 490 mil em produtos em 28 atos de destinação a órgãos públicos; e R$ 1,33 milhão em 16 atos de destinação para entidades sociais. Em 2016 foram R$ 215 mil destinados a órgãos públicos.

Entre os produtos com maior valor agregado apreendidos estão os drones. Eles geralmente são destinados para órgãos de segurança. “Repassamos para entidades que trabalham com segurança, como Guarda Municipal, Polícia Federal, Exército, pois podem ser utilizados, por eles, tanto para atividades de vigilância, quanto apresentações que precisam fazer, mapeamento de alvos. É uma tecnologia difícil de comprar por parte do setor público”, esclarece Horn.

Ano Valor (R$)         variação

2013 10,52 mi        --------

2014 25,59 mi+ 143,2%

2015 22,08 mi- 13,7%

2016 15,70 mi- 28,8%

2017 32,39 mi+ 106,3%

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